Educação sexual e neoconservadorismo
uma análise a partir da BNCC
Visualizações: 3DOI:
https://doi.org/10.61389/inter.v15i43.8735Palavras-chave:
neoconservadorismo, neoliberalismo, genero, sexualidade, educação sexual, BNCCResumo
Resumo:
O presente artigo tem por objetivo investigar a influência neoconservadora na exclusão da temática de gênero e sexualidade da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Utilizando uma abordagem qualitativa e a metodologia de análise de conteúdo, este estudo busca compreender os movimentos e articulações político-culturais que disseminaram a chamada ideologia de gênero em detrimento do direito à educação de jovens e crianças. Para isso, são explorados os conceitos de neoconservadorismo, neoliberalismo, gênero e currículo, a fim de refletir sobre o retrocesso representado pela BNCC em relação a essas questões. Os resultados revelam um projeto de enfraquecimento do pensamento crítico e emancipatório na educação, promovido por grupos interessados na manutenção das desigualdades sociais, e na supressão de debates sobre gênero e sexualidade, essenciais para o progresso democrático por meio de políticas públicas inclusivas.
Referências
REFERÊNCIAS
APPLE, Michael W.. A política do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo nacional? In: MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa, SILVA, Tomaz Tadeu (Orgs). Currículo, cultura e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2002, p. 71-106.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, MEC/SEB, 2017.
BRASIL Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Traduzido por Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011. Tradução de: L’Analyse de Contenu.
DARDOT, P.; LAVAL, C.. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
HARVEY, D. O Neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Loyola, 2005.
JIMENEZ, Rafael. “Tenho medo, esse era o objetivo deles” Esforços para proibir a educação sobre gênero e sexualidade no Brasil. Human Rights Watch, 2022. Disponível em: https://bit.ly/49LPrYr. Acesso em: 08 de Out de 2023.
LACERDA, Marina Basso. O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro. Porto Alegre: Editora Zouk, 2019.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia de gênero. In.: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2019.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Petrópolis: vozes, 1997.
OL BRA 4/2017 - DOCUMENTO DAS RELATORIAS DA EACDH/ONU SOBRE ESCOLA SEM PARTIDO, treze de abril de 2017. Disponível em: https://bit.ly/3w86vd5 . Acesso em 05 de Jan de 2024.
MIGUEL, Luis Felipe. Da “doutrinação marxista” à" ideologia de gênero"-Escola Sem Partido e as leis da mordaça no parlamento brasileiro. Revista Direito e práxis, v. 7, n. 15, p. 590-621, 2016.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 26. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Conselho Nacional de Educação. Minuta de parecer e projeto de resolução voto em pedido de vista. 2017. Disponível em: https://bit.ly/3UqFGKL Acesso em: 05 de Dez de 2023
MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Sociedade e Estado, v. 32, p. 725-748, 2017.
III – PEDIDO DE VISTAS DAS CONSELHEIRAS AURINA OLIVEIRA SANTANA,
MALVINA TUTTMAN E MÁRCIA ANGELA AGUIAR. Disponível em: https://bit.ly/3Jt3sj2 . Acesso em: 14 de Dez de 2023.
RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres. In.: RUBIN, Gayle. Políticas do Sexo. São Paulo: Ubu Editora, 2017
SILVA, Tomaz Tadeu da. O currículo como fetiche: a poética política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010
TOKARNIA, Mariana. MEC retira termo "orientação sexual” da Base Curricular. Agência Brasil, 2017. Disponível em: https://bit.ly/49FSAZv. Acesso em: 01 de Dez de 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.