Do lazer canônico ao desviante: tipologia e níveis de tolerância

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Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.4266

Palabras clave:

Lazer Desviante. Lazer Canônico. Níveis de tolerância.

Resumen

O objetivo desse estudo é identificar o grau de tolerância em relação a determinadas práticas potencialmente desviantes na cidade fronteiriça de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. A região de fronteira despertou questionamentos em relação aos níveis de tolerância, que serviram como referenciais para a reflexão sobre o lazer canônico e o lazer desviante. O procedimento metodológico consistiu na aplicação de um questionário virtual composto por perguntas fechadas e abertas, respondidas por estudantes do ensino superior. Os resultados trazem à superfície parte de uma realidade que apresentam elementos para a análise da existência de diferentes fluxos de tolerância, que oscila entre o lazer canônico e o lazer desviante. Os significados do lazer vislumbram uma base preliminar para colocar o tema sob tensão na sociedade atual.

Biografía del autor/a

Alexandre Paulo Loro, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus de Chapecó.

Pós-doutor pelo Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar (PPIFOR), da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), com estágio Sanduíche no Departamento de Educação Física e Esportes da Universidade de Valência - Espanha. Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), com Estágio Sanduíche no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC) - Portugal. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Licenciatura Plena em Educação Física (UFSM). Profissionalmente desempenhou atividades docentes na Educação Básica em escolas privadas e públicas (municipais e estaduais) nos estados do RS e SC (2000-2009). No Ensino Superior atuou como professor e coordenador de Curso - Licenciatura em Educação Física - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Câmpus do Pantanal (2009-2012). Posteriormente, como professor e coordenador de Curso - Licenciatura em Educação Física - Faculdade de Educação - Universidade Federal da Grande Dourados (2012-2013). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul (Campus Chapecó-SC), Curso de Pedagogia; Professor Credenciado como Membro Permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), Curso de Mestrado (Campus Erechim-RS). Membro do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior - BASis/INEP/MEC e Avaliador do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2019) para a área da Educação Física. Membro de La Red de Antropología de y desde los cuerpos (México). Tem experiência na área da Educação, com ênfase em Educação Física Escolar. 

Giuliano Gomes Assis de Pimentel, Universidade Estadual de Maringá

Professor Associado da Universidade Estadual de Maringá na Graduação (Licenciatura e Bacharelado) e no Programa Associado UEM/UEL de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado). Coordena o GEL - Grupo de Estudos do Lazer (2000). Bacharel e Licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa (1996), Mestre (1999) e Doutor (2006) em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas. Possui PósPhD pela Universidade de Coimbra e Pós-Doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, além de estágio sênior (2015) na Universidade de Munster, Alemanha.

Rui Machado Gomes, Universidade de Coimbra

Professor catedrático e investigador do CES da Universidade de Coimbra. Tem investigado temas das áreas da educação e das políticas educativas, incluindo a análise dos processos de mobilidade acadêmica e de emigração qualificada. Além de outros trabalhos nos domínios da Educação e dos Estudos Culturais, publicou O governo da educação em Portugal (2005), Olhares sobre o lazer (2007) e O corpo e a política da vida (2009).

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Publicado

2020-08-17

Cómo citar

Loro, A. P., Pimentel, G. G. A. de, & Gomes, R. M. (2020). Do lazer canônico ao desviante: tipologia e níveis de tolerância. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(31), 307–328. https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.4266