História do Brasil para o ensino secundário: legislação e programas (1889-1950)

Visualizações: 1194

Autores

  • Kênia Hilda Moreira Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Grande Dourados.

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v8i23.1967

Palavras-chave:

Disciplina História do Brasil. Ensino Secundário. Políticas Educacionais.

Resumo

Objetiva-se discutir sobre as legislações e programas para o ensino de História do Brasil, de nível secundário, no contexto de 1889, com a implantação da República, até 1950, quando termina a vigência da Lei Orgânica do Ensino secundário, de 1942. Parte-se da hipótese da divisão do período em duas conjunturas, entre 1889 e 1920 e 1920 a 1950. Como fonte, recorremos a Gasparello (2002), Resnik (1992) e Lacombe (1973), dentre outros. Na perspectiva da história das disciplinas e do ensino secundário (CHERVEL 1990, 1992, 1999), a presente investigação evidencia as idas e vindas da disciplina História do Brasil nos programas curriculares nacionais, em diálogo com as disciplinas de História Geral/Universal e História da América, bem como as relações de poder em disputa na elaboração e consolidação do currículo de História da Brasil.

Biografia do Autor

Kênia Hilda Moreira, Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Grande Dourados.

Professora de História da Educação, no Programa de Pós-Graduação em Educação e na Faculdade de Educação, da Universidade Federal da Grande Dourados.

Referências

ARRUDA, J. J. & TENGARRINHA, J. M. Historiografia luso-brasileira contemporânea. Bauru: EDUSC, 1999.

BASTOS SILVA, G. A educação secundária: perspectiva histórica e teoria. São Paulo: Nacional, 1969.

BITTENCOURT, C. M. F. Pátria, civilização e trabalho. São Paulo: Loyola, 1990.

CARNEIRO LEÃO, A. A instrução secundária. Revista Escolar, São Paulo, v. 3, n. 28, abr. de 1927.

CARVALHO, J. M. de. Os bestializados. Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

______. A formação das almas: imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CARTOLANO, M. T. P. Benjamin Constant e a instrução pública no início da República. Campinas, 1994. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação – Universidade Estadual de Campinas.

CASALECCHI J. Ê. O Partido republicano paulista: política e poder (1889-1926). São Paulo: Brasiliense, 1987.

CHERVEL, A. História das Disciplinas Escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 2, p. 177-229, 1990.

______. Quando surgiu o ensino “secundário?”. Revista da Faculdade de Educação, 18, 1, p. 99-112, jan.-jun. 1992.

______; COMPÈRE, M-M. As humanidades no ensino. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. n. 25, 149-170, jul.-dez. 1999.

CUNHA, L. A. Educação e desenvolvimento social no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.

CURY, C. R. J. A desoficialização do ensino no Brasil: a reforma Rivadávia. Educação e Sociedade, Campinas, v. 30, n. 108, p. 717-738, out. 2009.

DALABRIDA, N. A reforma Francisco Campos e a modernização nacionalizada do ensino secundário. Educação, Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 185-191, maio/ago, 2009.

GASPARELLO, A. Construtores de identidades: os compêndios de História do Brasil do Colégio Pedro II (1838-1920). São Paulo, 2002. Tese (Doutorado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2002.

GOMES, A. de C. A escola republicana: entre luzes e sombras. In: GOMES, A. de C.; PANDOLFI, D. C.; e ALBERTI, V. (Orgs.). A República no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: CPDOC, 2002, p. 384-450.

______. História e historiadores. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1999.

HALLEWELL, L. O livro no Brasil: sua história. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2005.

LACOMBE, A. J. Introdução ao estudo da História do Brasil. São Paulo: Nacional-EDUSP, 1973.

LEITE, M. L. M. O ensino da História no primário e no ginásio. São Paulo: Cultrix, 1969.

LORENZO, H. C. de, e COSTA, W. P. da. (Orgs.) A década de 1920 e as origens do Brasil moderno. São Paulo: Ed. UNESP, 1997.

MONARCHA, C. A reinvenção da cidade e da multidão. Dimensões da modernidade brasileira: a Escola Nova. São Paulo: Cortez, 1989.

NAGLE, Jorge. Educação e Sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU; Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Material Escolar, 1976.

OLIVEIRA, L. L. Cultura e identidade nacional no Brasil do século XX. In GOMES, A. de C.; PANDOLFI, D. C.; ALBERTI, V. (Orgs.). A república no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira- CPDOC, 2002, p. 338-383.

PANDOLFI, D. C. Voto e participação política nas diversas repúblicas do Brasil. In: GOMES, A. de C.; PANDOLFI, D. C.; e ALBERTI, V. (Orgs.). A república no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira- CPDOC, 2002, p. 64-115.

REIS, J. C. As Identidades do Brasil de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1999.

RODRIGUES, J. H. História e historiadores do Brasil. São Paulo: Fulgor, 1965.

_______. Prefácio. In: ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial (1500-1800). 7. ed. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Publifolha, 2000.

RESNIK, L. Tecendo o amanhã (a história do Brasil no ensino secundário: programas e livros didáticos. (1931-1945). Rio de Janeiro, 1992. Dissertação (Mestrado em História) –Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 1992.

ROMANELLI, O. História da educação do Brasil. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1978.

SANDES, N. F., A invenção da Nação, entre a Monarquia e a República. Goiânia: Ed. UFG, 2000.

SERRANO, J. Como se ensina História. São Paulo: Melhoramentos, 1935.

VIANNA, H. Ensaio biográfico. In: ABREU, Capistrano de. O descobrimento do Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

WEHLING, A. A Invenção da História. Rio de Janeiro. Niterói: Gama Filho/UFF, 1994.

Downloads

Publicado

20-09-2017

Como Citar

Moreira, K. H. (2017). História do Brasil para o ensino secundário: legislação e programas (1889-1950). INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 8(23), 107–133. https://doi.org/10.26514/inter.v8i23.1967