BASES DE SUSTENTAÇÃO POLÍTICA E FENÔMENO DO LULISMO.

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Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.61389/rcs.v3i3.7636

Palabras clave:

Lulismo. Reformismo fraco. Classes sociais. Realinhamento.

Resumen

Este artigo problematiza duas das teses contidas em Os sentidos do lulismo reforma gradual e pacto conservador (2012) propostas por André Singer: a adesão de parcela importante de eleitores ao governo a partir de 2006, denominada “realinhamento” e reformas de natureza econômica conhecida como “reformismo fraco”. A partir daí criou-se base de sustentação e possibilidade de arbitragem entre as classes sociais propiciando controle dos movimentos operário e popular atraindo apoio da burguesia ao governo Lula. Mediante revisão bibliográfica problematizamos esta concepção. Boito Junior (2018) destaca a presença de “uma nova burguesia nacional” na estrutura de poder no Brasil desde 2000 ascendendo política e economicamente durante o governo Lula a desempenhar importante papel no jogo político brasileiro. Com o fim do lulismo assistimos a reorganização das forças sociais iniciando era de incertezas na superação das gritantes desigualdades produzidas pelas contradições do capitalismo brasileiro.

 

Biografía del autor/a

Alexandre de Castro, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Alexandre de Castro é doutorando em Ciências Sociais na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP Câmpus de Marília/SP onde graduou-se em Ciências Sociais Licenciatura (2019) e Ciências Sociais Bacharelado (1995), é Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Eurípedes de Marília - UNIVEM (2002),  Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípedes de Marília - UNIVEM (2005). Atualmente é professor do Curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Paranaíba.

Citas

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Publicado

2023-12-12

Cómo citar

de Castro, A. (2023). BASES DE SUSTENTAÇÃO POLÍTICA E FENÔMENO DO LULISMO. REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UEMS - ISSN 2764-0655, 3(3), 40–53. https://doi.org/10.61389/rcs.v3i3.7636