O QUE SERIA UMA EDUCAÇÃO SUFICIENTEMENTE BOA?

contribuições de Freud e Winnicott para a educação

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.61389/rbecl.v9i18.9379

Palabras clave:

Psicoanálisis y educación, Educación suficientemente buena, Freud y educación, Winnicott y educación

Resumen

Este artículo tiene como objetivo investigar el concepto de “educación suficientemente buena” a partir de las contribuciones del psicoanálisis, en especial de las ideas de Sigmund Freud y Donald Winnicott. El estudio parte de la problematización de la educación tal como la concibe Freud y, posteriormente, analiza las contribuciones de Winnicott a este campo interdisciplinario. El análisis propone que la educación no debe limitarse a la transmisión utilitaria de contenidos, sino que debe crear un entorno facilitador donde los individuos puedan desarrollar su espontaneidad y su sentido de pertenencia al mundo. A partir de las ideas de Freud sobre la educación imposible y del concepto de “madre suficientemente buena” de Winnicott, el estudio sugiere que la función del educador no es solo transmitir conocimiento, sino también proporcionar un espacio en el que el estudiante pueda construir su propia relación con el saber y con el mundo. Metodológicamente, la investigación se basa en una revisión teórica de la literatura psicoanalítica y educativa, con el objetivo de establecer un diálogo entre estas dos áreas del conocimiento. Se concluye que una educación suficientemente buena no busca la perfección, sino la construcción de experiencias en contacto con otros seres humanos, generando un ambiente en el que el aprendizaje sea significativo y permita al estudiante desarrollar una relación creativa y saludable con el mundo.

Biografía del autor/a

Thiago Nascimento, Universidade de São Paulo

Mestrando em Educação no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Universidade de São Paulo (USP) - Brasil; Grupo de Pesquisa do Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a Infância - LEPSI (IP/FEUSP); Bolsista da CAPES.

Citas

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2016. (Trabalho original publicado em 1954).

CHARLOT, Bernard. Educação ou barbárie? Uma escolha para a sociedade contemporânea. Tradução de Sandra Pina. São Paulo: Cortez, 2020.

CIFALI, Mireille. Ofício "impossível"? Uma piada inesgotável. Educação em Revista, v. 25, n. 1, p. 149-164, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-46982009000100008. Acesso em: 24 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-46982009000100008

DUFOUR, Dany-Robert. A arte de reduzir as cabeças: sobre a nova servidão na sociedade ultraliberal. Companhia de Freud, 2005.

FREUD, Sigmund. Prefácio a Juventude desorientada, de Aichhorn. In: FREUD, Sigmund. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Tradução de Jayme Salomão. v. 19. Rio de Janeiro: Imago, 1996a. p. 161-163. (Trabalho original publicado em 1925).

FREUD, Sigmund. Análise terminável e interminável. In: FREUD, Sigmund. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Tradução de Jayme Salomão. v. 23. Rio de Janeiro: Imago, 1996b. p. 135-164. (Trabalho original publicado em 1937).

FREUD, Sigmund. Novas conferências introdutórias sobre psicanálise: conferência XXXIV. In: FREUD, Sigmund. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Tradução de Jayme Salomão. v. 22. Rio de Janeiro: Imago, 1996c. p. 92-106. (Trabalho original publicado em 1932).

FULGENCIO, Leopoldo. Notas sobre o interesse da psicologia dinâmica de Winnicott para a educação. Aprender - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, v. 2, n. 11, 2018. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/3119. Acesso em: 24 fev. 2025.

LAJONQUIÈRE, Leandro de. Criança, sua (in)disciplina e a psicanálise. In: Indisciplina na escola. São Paulo: Summus, 1996.

FULGENCIO, Leopoldo. Por que Winnicott? São Paulo: Zagodoni, 2016.

FULGENCIO, Leopoldo. Incommensurability between paradigms, revolutions and common ground in the development of psychoanalysis. The International Journal of Psychoanalysis, v. 101, n. 1, p. 13-41, 2020. DOI: https://doi.org/10.1080/00207578.2019.1686389

OLIVEIRA, Daniella Machado de.; FULGENCIO, Leopoldo. Contribuições para o estudo da adolescência sob a ótica de Winnicott para a Educação. Psicologia em Revista, v. 16, n. 1, p. 67-80, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682010000100006&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 24 fev. 2025.

MAIA, Maria Vitória Campos Mamede; VIEIRA, Camila Nagem Marques. Criatividade docente: Winnicott e a construção de subjetividades. Revista Subjetividades, v. 16, n. 1, p. 64-77, 2016. Disponível em: https://dx.doi.org/10.5020/23590777.16.1.64-77. Acesso em: 24 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.5020/23590777.16.1.64-77

MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

RIBEIRO, Maria José. A Psicologia Escolar e o trabalho do professor: a importância do cuidado. Psicologia Escolar e Educacional, v. 23, e191685, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2175-35392019011685. Acesso em: 24 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-35392019011685

VOLTOLINI, Rinaldo. A demarche psicanalítica na educação: consequências para o campo da formação docente. In: Voltolini, Ricardo (org.). Psicanálise e formação de professores: antiformação docente. São Paulo: Zagodoni, 2018.

WINNICOTT, Donald W. O brincar, a atividade criativa e a busca do eu (self). In: O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975a. p. 10. (Trabalho original publicado em 1971).

WINNICOTT, Donald W. O papel de espelho da mãe e da família no desenvolvimento infantil. In: O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975b. p. 153-162. (Trabalho original publicado em 1967).

WINNICOTT, Donald W. O mundo em pequenas doses. In: A criança e seu mundo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. p. 76-82. (Trabalho original publicado em 1964).

WINNICOTT, Donald W. Moral e educação. In: O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artmed, 1983a. p. 88-98. (Trabalho original publicado em 1963).

WINNICOTT, Donald W. Da dependência à independência no desenvolvimento do indivíduo. In: O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artmed, 1983b. p. 79-87. (Trabalho original publicado em 1965).

WINNICOTT, Donald W. Natureza humana. Rio de Janeiro: Imago, 1990. (Trabalho original publicado em 1988).

WINNICOTT, Donald W. Vivendo de modo criativo. In: Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 23-39. (Trabalho original publicado em 1971).

Publicado

2025-08-04

Cómo citar

Nascimento, T. (2025). O QUE SERIA UMA EDUCAÇÃO SUFICIENTEMENTE BOA? : contribuições de Freud e Winnicott para a educação. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 9(18), 146–169. https://doi.org/10.61389/rbecl.v9i18.9379