A literatura nacional nos ensaios de Jose Enrique Rodó, Pedro Henriquez Ureña e Ernesto Sábato
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Desde Montaigne a escrita de ensaios tem sido a forma escolhida por muitos escritores, não só para expor suas ideias, mas também para contrapor-se às ideias de outros. Na atualidade vamos encontrar escritores das mais diferentes áreas e nacionalidades dedicando-se à escrita de ensaios, transformando-o em uma forma “híbrida” – mistura de ficção e texto didático – capaz de transitar entre diferentes saberes. Nesse sentido, autores como Jose Enrique Rodó, Pedro Henriquez Ureña e Ernesto Sábato fizeram desse gênero “híbrido” uma forma não só de cobrir os mais diversos temas, mas de trazer à luz problemáticas típicas da América espanhola. Neste artigo optou-se por apresentar algumas ideias sobre o conceito de literatura nacional expressas por Jose Enrique Rodó, em El Mirador de Próspero (1913), por Pedro Henriquez Ureña, em Seis ensayos en busca de nuestra expresión (1928) e por Ernesto Sábato, em El escritor e seus fantasmas (1963). A leitura crítica de alguns dos ensaios escritos por esses escritores permitirá que se trace um painel sobre o conceito de literatura nacional presente na América Hispânica ao longo dos cinquenta anos que separam a obra de Rodó e Sábato, assim como a importância do pensamento de Urenã na constituição dessa ideia.
Palavras-chave: Ensaio; Nacionalidade; Jose Enrique Rodó; Pedro Henriquez Ureña; Ernesto Sábato