Uma possível integração entre Análise do Discurso e a tradução do humor
o contrato comunicacional no interlúdio do bobo em Romeu e Julieta traduzido por Barbara Heliodora
DOI:
https://doi.org/10.61389/wrlem.v1i23.9141Palavras-chave:
Humor, Tradução, Semiolinguística, William Shakespeare, Contexto culturalResumo
O humor desempenha um papel crucial na comunicação, servindo como ferramenta para entretenimento, redução de tensões e criação de conexões sociais. No entanto, sua tradução enfrenta desafios devido à sua natureza multifacetada e às profundas influências culturais. Este trabalho explora a intersecção entre a teoria semiolinguística de Patrick Charaudeau (2006, 2016) e a teoria da tradução do humor, conforme discutida por Marta Rosas (2003), Paulo Rónai (2012) e Salvatore Attardo (2020). O estudo toma como exemplo a cena do bobo com os músicos em Romeu e Julieta, de William Shakespeare, uma passagem notável por sua função de alívio cômico, repleta de trocadilhos ligados ao universo musical. A análise foca na tradução de Barbara Heliodora (2016), avaliando como o humor é preservado, adaptado ou transformado, considerando variáveis como contexto cultural e escolhas linguísticas
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