(Con)tradição e (des)caminhos: teatro e sociedade em Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet, de Mário Bortolotto
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Teatro brasileiro contemporâneo, personagem, marginalidade.Resumo
A contemporaneidade, rompendo com valores tradicionais e abrindo espaço para novos estilos e estética, possibilitou outros (des)caminhos no meio artístico, em que a arte está cada vez mais próxima da realidade. Nesse sentido, o teatro também inovou, especialmente, sobre sua função social; trazendo para o proscênio temas que representam as diferentes camadas de uma sociedade em constante transformação. Com efeito, ancorando-se nas contribuições de Magaldi (1998), Ryngaert (1996) e Pallottini (1989) acerca das noções que configuram o discurso teatral; nos estudos de Enedino (2009) sobre o conceito de marginalidade e nos pressupostos teóricos de Lins (1990) e Ginzburg (2012) no que se refere ao conceito de violência, o objetivo deste trabalho é refletir sobre a constituição das personas inscritas na peça Nossa vida não vale um Chevrolet (2008), do dramaturgo paranaense Mario Bortolotto. Estão contempladas no texto questões de poder e representações sociais a partir dos discursos das personagens, em consonância com os pressupostos teóricos de Ubersfeld (2005). Cumpre destacar que o presente artigo busca, como princípio analítico, a compreensão dos modos de estruturação do projeto estético de Bortolotto, que, influenciado pelo cinema, música e pela cultura beatnik, aproxima-se dos considerados outsiders.
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