Escritas de si juvenis em Stories do Instagram: espaço virtual, virtualização do corpo e cultura digital
Visualizações: 578Palavras-chave:
Instagram, espaço virtual, virtualização do corpo, escritas de si, cultura digital.Resumo
Stories é o recurso de publicação temporária do Instagram, em que vídeos e imagens ficam disponíveis para visualização por 24 horas e visa o compartilhamento dos momentos do dia a dia de/por seus usuários. Por meio da metodologia de pesquisa Netnografia, percorreu-se os rastros digitais temporários deixados em imagens e vídeos postados nos Stories dos perfis de 14 jovens estudantes de uma escola pública de uma cidade piauiense. Neles, visualiza-se escritas de si juvenis que se consubstanciam numa versão digital dos diários escritos à mão. Diariamente, a virtualização do corpo em suas experiências no espaço virtual transcreve sentidos, tornando-se escrevente da cultura digital, mas também, estando inscrita nela. Assim, nas escritas de si juvenis, percebe-se cultura digital e identifica-se elementos que a constituem como emergentes da conjugação de outras expressões culturais, que se imbricam em produções hipercomplexas e transmigram-se para o espaço virtual pelas potencialidades da virtualização do corpo em rede social virtual.
Referências
CELIDONIO, Bruno. Adaptação cultural e ressignificação de memes: um estudo teórico. Temática, João Pessoa, v. 12, n. 1, p. 130-142, jan. 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/tematica/article/view/27406/14719. Acesso em: 15/01/2018.
COSTA, Douglas Pereira da; VIEIRA, Maria Dolores dos Santos. Visualizando cibercultura em rastros digitais juvenis no Instagram. Revista Interdisciplinar de Ciência Aplicada, Petrópolis, v. 4, n. 7, p. 17-23, jun. 2019. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/ricaucs/article/view/6714/3851. Acessado em: 04/06/2020.
CRUZ JUNIOR, Gilson; SILVA, Erineusa Maria da. A (ciber)cultura corporal no contexto da rede: uma leitura sobre os jogos eletrônicos do século XXI. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Porto Alegre, v. 32, n. 2-4, p. 89-104, dez. 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-32892010000200007. . Acessado em: 06/06/2020.
FANTONI, Andressa. Autorrepresentação de adolescentes porto-alegrenses no Instagram. 2017. 175 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.
FOUCAULT, Michel. A escrita de si. In: O que é um autor? Trad. Antônio Fernando Cascais; Edmundo Cordeiro. Rio de Janeiro: Vega/Passagens, 1992, p. 129-160.
GUATARRI, Félix. Caosmose: Um novo paradigma estético. Trad. Ana Lúcia de Oliveira; Lúcia Cláudia Leão. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 2012.
INSTAGRAM. Sobre o Instagram, 2016. Disponível em: https://www.instagram.com. Acesso em: 27/02/2017.
KOZINETS, Robert. Netnografia: realizando pesquisa etnográfica online. Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Penso, 2014.
LEMOS, André. Cultura da Mobilidade. Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 16, n. 40, p. 28-35, dez. 2009. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/6314/4589. Acessado em: 05/01/2018.
LEMOS, André; DE SENA, Catarina. Mais livre para publicar: efemeridade da imagem nos modos "Galeria" e "Stories" do Instagram. Mídia e Cotidiano, Niterói, v. 12, n. 2, p. 6-26, ago. 2018. Disponível em: https://periodicos.uff.br/midiaecotidiano/article/view/10035/8493. Acessado em: 05/06/2020.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.
MARTINS, Lucivando Ribeiro; ADAD, Shara Jane Holanda Costa. A produção de subjetividade pelos(as) jovens da escola pública sobre o corpo estranho nas redes sociais: uma inspiração Sociopoética. In: Educação, diversidades e políticas de inclusão: juventudes, cultura de paz e subjetividades. v. 2. Teresina: EDUFPI, 2014. p. 81-95.
MORO, Gláucio Henrique Matsushita. Emoticons, emojis e ícones como modelo de comunicação e linguagem: relações culturais e tecnológicas. Revista de Estudos da Comunicação, Curitiba, v. 17, n. 43, p. 53-70, set./dez. 2016. Disponível em: http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/comunicacao?dd1=16455&dd99=view&dd98=pb. Acessado em: 15/01/2018.
PIMENTEL, Carmem. A escrita íntima na internet: do diário ao blog pessoal. O Marraré, Rio de Janeiro, n. 14, p. 1-18. Disponível em: http://www.omarrare.uerj.br/numero14/pdf/CARMEM_PIMENTEL.pdf. Acessado em: 01/06/2020.
RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
REIS, Valdeni da Silva. A definição do diário como um gênero: entre diário íntimo e o diário de aprendizagem. Veredas Revista de Estudos Linguísticos, Juiz de Fora, v. 16, n. 2, p. 120-132, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/25025. Acessado em: 02/06/2020.
SANTAELLA, Lucia. Mídias locativas: a internet móvel de lugares e coisas. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 35, p. 95-101, abril. 2008. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/4099/3109. Acessado em: 01/06/2020.
TEIXEIRA, Marcelo Mendonça; LIMA JÚNIOR, Joel Alves de. Cidadania digital: uma proposta de dispositivo móvel para o monitoramento das cidades. Revista Temática, João Pessoa, v. 9, n. 12, p. 1-22, dez. 2013. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/tematica/article/view/21322/11772. Acessado em 05/06/2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).