Corpos subalternos: domínio e opressão dos corpos de mulheres angolanas na poesia de Paula Tavares
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gênero, sexualidade, corpo, patriarcado, poética, Paula Tavares.Resumo
O presente trabalho tematiza as significações das representações de corpos de mulheres articuladas pelas relações de gênero, a partir da obra Amargos como os frutos (2011), da poeta angolana Paula Tavares. Tem como foco o corpo subalterno, lido com vistas a compreender os sentidos e as estruturas das significações de cada eixo analítico: gênero, corpo e sexualidade. O objetivo geral do trabalho foi pesquisar representações de mulheres em diferentes processos de anulação da autonomia sociopolítica e afetiva, articuladas na relação delas com seus próprios corpos e com aqueles do sexo masculino, além de serem confrontadas com paradigmas culturais de comportamentos naturalizados e estabelecidos para mulheres e homens na sociedade angolana. O estudo possui como objetivos específicos: investigar, na poesia de Paula Tavares, formas de domínio do masculino sobre o feminino; averiguar se há representações de insubordinação da sexualidade feminina nos poemas da autora, de forma a perceber se os limites postos para os comportamentos entre os gêneros podem ser transpostos. Fazem parte do marco teórico que subsidiou esta pesquisa, autores como Beauvoir (1967), Bourdieu (2002), Butler (2003), Ducados (2004), Grassi (2001), Machado (2000), Saffioti (1987, 2004), Santos (2002) e Silva (2009, 2011). Sobre a produção poética de Paula Tavares, houve a contribuição de teóricos como Mantolvani (2016), Matta (2011), Secco (2011, 2013) e Souza (2010). As categorias adotadas para a análise foram: corpo, gênero, patriarcado e subalternidade. O pressuposto do problema de pesquisa parte da seguinte questão: como mulheres oprimidas são representadas pela poesia de Paula Tavares na obra Amargos como frutos? A metodologia utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica qualitativa, orientada pelo eixo de análise da submissão feminina.
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