Um breve percurso pelo romance histórico por meio da leitura de Ivanhoe (1819), Xicoténcatl (1826), Mercedes of Castile (1840) e Crónica del Descubrimiento (1980)
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https://doi.org/10.61389/revell.v2i29.6521Palavras-chave:
Literatura Comparada, História, Romance histórico clássico, Romance histórico tradicional, Romance histórico contemporâneo de mediaçãoResumo
O romance histórico (2011), de Lukács, obra publicada, originalmente, em russo, entre 1936 e 1937, tem como ponto fulcral a análise das obras do romance histórico scottianas. A partir daí são vários os estudos que versam sobre o romance histórico contemporâneo. No entanto, somente em 2017, de forma didática, Fleck oferece a organização das diferentes designações dadas anteriormente a essa produção narrativa por vários estudiosos, especificando quais seriam as características do romance histórico tradicional, além de introduzir o estudo da modalidade romance histórico contemporâneo de mediação. O artigo visa apontar, de forma breve, as estratégias utilizadas para construir ou reconstruir a história em romances históricos clássicos, tradicionais e de mediação. Pretende-se abordar Ivanhoé (SCOTT, 2003), Xicoténcatl (ANÔNIMO, 2020), Mercedes of Castile: or, The voyage to Cathay (COOPER, 1840a; 1840b) e Crónica del Descubrimiento (PATERNAIN, 1980), com o intuito de contrastá-los sob a perspectiva da Literatura Comparada e dos estudos sobre o romance histórico clássico, tradicional e contemporâneo de mediação, de acordo com Fleck (2017), de modo a verificar a presença das diferentes características que marcam a trajetória da evolução do romance histórico, explicitadas com exemplos retirados das obras elencadas. Como resultado, são apresentadas as diferenças entre as características das modalidades do romance histórico clássico, tradicional, do romance histórico contemporâneo de mediação, além das contidas no romance de ruptura Xicoténcatl (ANÔNIMO, 2020), com respeito ao clássico.
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