Nas galáxias, o mar
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livromar, imagens, leitura.Resumo
Galáxias, de Haroldo de Campos, reunindo páginas intercambiáveis, propõe outra prática de leitura. Sua estrutura em permuta multiplica os percursos (as direções ou os sentidos) de leitura. A partir do abandono dos caminhos habituais de significação, procuro mostrar, neste artigo, como o livro de Campos resiste aos arremates estritamente referenciais e às formas fixas. O texto promove, ainda, a contínua dissolução das imagens. Busco identificar, portanto, à luz das leituras de obras de James Joyce, a dinâmica dos sentidos operada nessa obra. Na linguagem galáctica, identifico, graças a um trato pouco convencional com a linguagem, o mecanismo de justapor diferenças, que suplementa os significados estabelecidos, estremece a língua comum, e também os limites materiais do livro. Faz variar, inclusive, as próprias definições de livro. Tanto a materialidade do livro como o texto verbal estão amplamente relacionados a uma ideia de movimento que impõe uma mobilidade de leitura e um campo amplo de escolhas dentro da multiplicidade da obra. Esse movimento desestabiliza os sentidos habituais da prática de ler.Downloads
Publicado
06-09-2017
Como Citar
Labanca, M. (2017). Nas galáxias, o mar. WEB REVISTA LINGUAGEM, EDUCAÇÃO E MEMÓRIA, 3(3), 96–107. Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/WRLEM/article/view/2087
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Artigo original