A dinâmica espacial da exclusão financeira e as moedas sociais
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Este artigo busca delinear os conceitos de exclusão financeira, seus precedentes e consequências a fim de compreender como esse fenômeno, inerentemente espacial, é responsável por limitar o desenvolvimento. A partir de uma abordagem pós-keynesiana, as características espaciais da exclusão financeira serão analisadas, com reflexões sobre o desenvolvimento das regiões no Brasil. O principal argumento é que a exclusão financeira é um fenômeno inerentemente territorial e, como tal, deve ser analisada por essa ótica. Uma vez sob essa abordagem, as iniciativas de Moedas Sociais, como alternativas para mitigação da exclusão financeira, também devem ser analisadas a partir de suas características espaciais. A principal conclusão é que as iniciativas de Moeda Social são inerentemente frágeis, sendo suscetíveis a efeitos externos vindo de outros territórios e, principalmente, a influências e dominância do sistema financeiro formal. Sistemas de Moedas Sociais devem assumir sua identidade como uma alternativa ao sistema dominante e reafirma sua identidade social e territorial, ou então podem acabar replicando uma lógica sistêmica financeira que não condiz com a realidade sócio-espacial das comunidades atendidas.
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