A relação entre arte e público ao longo da história: Um olhar sobre a estética da recepção virtual
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https://doi.org/10.61389/revell.v2i32.6927Palavras-chave:
Arte, História, Público, Estética da Recepção, Teoria da Recepção VirtualResumo
Ao longo do tempo, o ser humano tem acompanhado as mudanças sociais de diversas formas, interna e externamente. Assim, a tecnologia, os conhecimentos, a literatura, a arte de maneira geral, dentre outras noções, também se transformam. A respeito da arte – criação humana –, além de sofrer alterações concernentes ao autor e suas obras, também estabelece relações entre estes e seus receptores, que acompanham essas mudanças diacrônicas. Nesse sentido, o presente artigo objetiva analisar o percurso histórico da Teoria da Estética da Recepção, a fim de entender as transfigurações da relação entre público e obra ao longo do tempo. Para tanto, foram considerados os estudos de Hans Robert Jauss (2011) e Wolfgang Iser (2011), além de outros autores essenciais para a construção e estabelecimento da Teoria da Estética da Recepção. Complementam a pesquisa Edélcio Mostaço (2008) e Ariane Hudelet (2020) e estudos contemporâneos que tratam das novas formas de recepção da arte, aqui denominados Teoria da Recepção Virtual, por discutirem o consumo a partir da internet e de comunidades virtuais. Somam-se às discussões alguns pensamentos de Mikhail Bakhtin (2002) sobre dialogismo no contexto de produção e consumo da arte. Os resultados apontam, conforme as variações e transformações da Estética da Recepção e da arte em geral, que a relação do público com as obras tem se estreitado, com os receptores/leitores/espectadores saindo de um estado passivo de contato superficial com as produções artísticas para uma condição mais participativa/ contemplativa e, consequentemente, tornam-se também criadores da arte contemporânea.
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