Empoderamento feminino em “Vidas Secas” de Graciliano Ramos
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Resumo: O presente artigo procurou refletir sobre a forma como o escritor brasileiro Graciliano Ramos, empodera a personagem feminina Sinhá Vitória no seu último romance: “Vidas Secas”. Através do estudo bibliográfico, na área da teoria literária, baseando-se nas obras de Brandão (2013), Bonetti (2011), Dalcastagnè (2015), Goldemann (1976) dentre outros, foi possível observar que a própria história é pontuada por lutas, fracassos e sucessos da mulher na conquista por seus direitos. Tecendo incursões sobre o espaço, gênero e suas possibilidades na literatura brasileira, de início realizou-se a contextualização histórica, especificamente sobre o papel da mulher nas religiões, nas Revoluções, na história brasileira e presença em algumas obras literárias. Foi realizado um estudo da obra “Vidas Secas”, ensejando desvendar os espaços psicológicos construídos por Graciliano para revelar o poder exercido por Sinhá Vitória. O espaço extratextual de “Vidas Secas” traz a ressignificação da luta, da exploração, da degradação humana, cujos valores simbólicos encontram ressonância na permanente luta numa sociedade de cultura machista. A mulher, nordestina, sertaneja e sobrevivente, empodera-se, ousa-se, permite-se, numa intenção explicitamente ficcional, mas ancorada em seu viés realista, encontrando em Sinhá Vitória a sua representação.
PALAVRAS CHAVE: empoderamento feminino; espaço literário; crítica social.
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