A narrativa literária de Natalia Ginzburg e a produção historiográfica de Carlo Ginzburg: a micro-história no epicentro da substância fictícia e o elemento da convergência discursiva
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discurso literário, discurso histórico, forma fictícia, estilo, narrativaAbstract
Abrangendo as áreas de literatura e de história, a partir da análise da forma e os regimes de discursividade, que engendram a substância fictícia como elemento de convergência entre as narrativas literária e histórica, nossa proposta baseia-se em verificar em que medida esses dois discursos ou estilos formais se coadunam, se agregam, se justapõem num mesmo lastro de elementos formais, como também apontar em que entroncamentos esses discursos se distanciam e até mesmo se repudiam, podendo nos revelar se existem, de fato, pontos comuns tanto na techné, no logos, como na poietiké desses discursos que formalmente estabelecem um epicentro que os conjugam num mesmo tropos de seus arranjos estruturais. Propomos analisar tanto obras literárias quanto obras historiográficas da escritora italiana Natalia Ginzburg e seu filho, o historiador Carlo Ginzburg – um dos precursores da micro-história – em virtude de suas possíveis relações com as formas textuais de caráter curto, a condição histórico-literária e o viés estético, dimensionar se existe ou não um parentesco (genético/genealógico) entre a proposta de escrever a história levada à cabo por Carlo Ginzburg e a natureza das formas literárias que parece impregnada na infraestrutura desse modelo historiográfico no texto de Natalia Ginzburg.
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