The “Witch Hunt” from the discursive perspective in the demonology treaty Malleus Maleficarum
DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v1i37.7754Keywords:
Witchcraft, Speech, FeminineAbstract
This article proposes to analyze the discourses produced about witches, women and feminine, contained in the Demonology treaty, Malleus Maleficarum (Hammer of Witches) written and widely disseminated in the inquisitorial period. Through fragments of the treaty it is possible to perceive the production of places destined to the feminine and to the women. Through the speech analysis based on Foucauldian assumptions, the web of relationships and techniques of knowledge and power that involve women, witchcraft and the feminine is also highlighted. Finally, understanding that language and discourse are places of permanent struggles and disputes, the reverberation of the discourses originated in the inquisitorial historical period to the present day can be seen.
References
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas 1: magia e técnica, arte e política: ensaios sobre a literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2019.
BRASIL. Lei nº 13.104, de 09 de março de 2015. Altera o art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos. Brasília, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm. Acesso em: 07 jul. 2022.
BUTLER, Judith. “Sujeitos do sexo/gênero/desejo”. In: BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2018.
CABOT, Laurie. O poder da bruxa: a terra, a lua e o caminho mágico feminino. Rio de Janeiro. Editora Campus, 1992.
CERQUEIRA, Daniel et al. Atlas da violência 2019. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 115 p.
COSTA, Clara Gianni Viana; VELOSO, Victória Santos & LEAL, Ana Christina Darwich Borges. Bruxaria e Normalização: a perseguição às mulheres e ao conhecimento tradicional frente à hegemonia do discurso médico. Gênero na Amazônia, Belém, n. 15, jan./jun 2019, p. 218-227. Disponível em: http://www.generonaamazonia.com/edicoes/edicao-15/15-a-bruxaria-e-normalizacao-a-perseguicao-as-mulheres.pdf. Acesso em: 26 ago. 2022.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo editorial, 2016.
DELEUZE, Gilles. O que é um dispositivo. In: DELEUZE, Gilles. Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 2016, p.155-163.
DELUMEAU, Jean. História do Medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
DIAS, Bruno Vinicius Kutelak & CABREIRA, Regina Helena Urias. A Imagem da Bruxa: da Antiguidade Histórica às Representações Fílmicas Contemporâneas. Ilha do Desterro, Florianópolis, v. 72, 2019, p. 175-197. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8026.2019v72n1p175.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva. Rio de Janeiro: Editora Elefante, 2018. 460 p.
FEDERICI, Silvia. Mulheres e caça às bruxas: da Idade média aos dias atuais. 1. ed. São Paulo, Boitempo, 2019.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 3. ed. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Loyola, 1996. 80 p.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. In: Microfísica do poder. Graal, 2006.
FOUCAULT, Michel. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 2010.
FOUCAULT, M. A Hermenêutica do sujeito: curso dado no Collège de France (1981- 1982). Trad. Márcio Alves da Fonseca, Salma Tannus Muchail. 2ª edição. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2014. 176 p.
GUIMARÃES, Cecília Severo. Mulher: corpo incivilizado–A crítica feminista marxista de Silvia Federici a Michel Foucault. In: Anais da XVIII Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS: volume 1. Porto Alegre: Editora Fi, 2018, p. 131-145. Disponível em: https://3c290742-53df-4d6f-b12f-6b135a606bc7.filesusr.com/ugd/48d206_39822e565da249a1bc6ec2b5f2ec7a55.pdf. Acesso em: 26 ago. 2022.
KRAEMER, Heinrich; SPRENGER, James. O Martelo das Bruxas. Trad. Paulo Fróes. 28º ed. Rio de Janeiro: Recorde, 2017. 530 p
LUGONES, María “Colonialidad y Género”. Tabula Rasa, n. 9, jul.-dez. 2008, p. 73-101.
LUGONES, María. “Subjetividad esclava, colonialidad de género, marginalidad y opresiones múltiples”. In: Pensando los feminismos en Bolivia. Série Foro 2. La Paz: Fondo Emancipaciones, 2012.
MAESTRO, Ángeles. Feminismo marxista: notas acerca de um processo em construção. Santiago de Compostela: XVII Jornadas Independentistas Galegas, 2013.
MAIZZA, Fabiana & VIEIRA, Suzane de Alencar. Políticas feministas da vida, palavras finais. Campos -Revista de Antropologia, v. 19, n. 2, 2018, p. 9-13. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/68273. Acesso em: 26 ago. 2022.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1 edições, 2021.
MCCLINTOCK, Anne. Couro imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.
MELO, Ailton Dias & RIBEIRO, Paula Regina Costa. BRUXAS, PERIGOSAS E DESORDEIRAS: A MULHER E A CULPA NA INQUISIÇÃO. Diversidade e Educação, v. 9, n. Especial, 2021, p. 21-48. DOI https://doi.org/10.14295/de.v9iEspecial.12646.
MÜLLER, Charlotte & SANDERSON, Sertan. Caça às bruxas: um problema que persiste no século 21. Deutsche Welle, 10 ago. 2020. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/ca%C3%A7a-%C3%A0s-bruxas-um-problema-que-persiste-no-s%C3%A9culo-21/a-54520254. Acesso em: 26 ago. 2022.
ORTNER, Sherry. Está a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura? In: ROSALDO, Michelle Zimbalist & LAMPHERE, Louise. (coords.). A Mulher, a cultura e a sociedade. Tradução de Cila Ankier e Rachel Gorenstein. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
OSÓRIO, Andréa. Dons da bruxa e trajetórias wiccanas: narrativas sobre ser e tornar-se uma bruxa moderna. Cadernos de Campo, São Paulo, v. 20, n. 20,1991, p. 51-64, 2011. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v20i20p51-64.
PEREIRA, Juliana Torres Rodrigues. Bruxaria e o Feminino na visitação inquisitorial ao arcebispado de Braga (1565). Revista Brasileira de História das Religiões, Maringá, v. 3, n. 9, jan. 2011, p. 1-8.
PRECIADO, Paul B. Texto Yonqui. Madrid, España: Editora Espasa Calpe, 2008.
ROCHA, Carolina. As noivas de Satã: bruxaria, misoginia e demonização no Brasil colonial. Cadernos de Estudos Sociais e Políticos, Dossiê especial "Clássicas", v.6, n.11, 2017, p. 68-79. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/CESP/article/view/32869. Acesso em: 26 ago. 2022.
ROCHA, Carolina. O sabá do sertão. São Paulo: Paco Editorial, 2016.
RUSSELL, Jeffrey B. & ALEXANDER, Brooks. A História da Bruxaria. São Paulo: Aleph, 2019.
SANTOS, Ricardo V. & COIMBRA JR, Carlos Ε.A. (Orgs.) Saúde e povos indígenas. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1994. 251p.
SILVA, Nereida Soares Martins da. As" mulheres malditas": crenças e práticas de feitiçaria no nordeste da América Portuguesa. Dissertação (Mestrado em História) João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2012.
THOMAS, Keith. Religião e declínio da magia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
TOSI, Lucía. Mulher e Ciência: a revolução científica, a caça às bruxas e a ciência moderna. Cadernos Pagu, n. 10, 1998, p. 369-367. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/4786705. Acesso em: 26 ago. 2022.
em: 26 ago. 2022.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 REVELL - UEMS JOURNAL OF LITERARY STUDIES

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).