L’étranger, de Albert Camus: o mal-estar de Meursault acerca da religiosidade e da tradição
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Albert Camus, Meursault, estranhamento, desestabilização, engagement.Resumen
Meursault não acredita em Deus. O posicionamento do protagonista do romance L’Étranger (1942), O Estrangeiro em português (2011), obra do francês nascido na Argélia Albert Camus, a respeito da deidade judaico-cristã causa indignação às personagens da narrativa e provoca um estranhamento relevante para uma reflexão sobre o (não) sentido da existência humana nos seus leitores. O presente artigo propõe um estudo da obra a partir das noções de engagement literário com base nas discussões de Jean-Paul Sartre e Theodor Adorno, bem como evidencia uma leitura na perspectiva da Dialética Negativa adorniana. Apresenta, ainda, uma análise crítica de Meursault fundamentada nos elementos formais do romance moderno, que oportunizam um diálogo desestabilizador entre a visão do narrador-personagem e as reflexões filosóficas sobre os dogmas existenciais com ênfase no texto O Anticristo, de Friedrich Nietzsche.
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