“Feliz caralho meu, exulta, exulta!”: a ambivalência do pênis em “O Elixir do Pajé”, de Bernardo Guimarães

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Autores/as

  • Samuel Carlos Melo Universidade de São Paulo Universidade Estadual de Goiás

Palabras clave:

Carnavalização, Poesia Brasileira, Romantismo

Resumen

Este trabalho efetua análise do poema narrativo “O Elixir do Pajé”, de Bernardo Guimarães. Além de Escrava Isaura (1875), o escritor mineiro teve relevante atuação como poeta, ignorada pela crítica. Sendo assim, inicia-se por uma breve exposição de sua produção poética, com destaque para a sua atuação como introdutor da poesia pantagruélica, produzida entre as décadas de 1840 e 1860 pelos poetas e estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Segue-se expondo as bases teóricas para a análise, partindo da consideração do poema como parte da longa tradição do poema narrativo, até a exposição de questões relativas ao tipo grotesco, especificamente as concepções de Victor Hugo (1802-1885) e Mikhail Bakhtin (1895-1975), para, por fim, efetuar análise dos processos de elaboração estrutural do poema.

Biografía del autor/a

Samuel Carlos Melo, Universidade de São Paulo Universidade Estadual de Goiás

Doutorando em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo - USP. Professor de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade Estadual de Goiás.

Citas

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Publicado

2018-10-22

Cómo citar

MELO, Samuel Carlos. “Feliz caralho meu, exulta, exulta!”: a ambivalência do pênis em “O Elixir do Pajé”, de Bernardo Guimarães. REVELL - REVISTA DE ESTUDIOS LITERARIOS DA UEMS, [S. l.], v. 2, n. 19, p. 163–188, 2018. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/2611. Acesso em: 22 jul. 2024.