O monstro e seu avesso em Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto

Visualizações: 611

Autores/as

  • Juliana Ciambra Rahe Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Rosana Cristina Zanelatto Santos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Palabras clave:

monstro, identidade, tradição cultura, Mia Couto,

Resumen

Este trabalho tem como objetivo analisar o monstro que tomou corpo na personagem Dito Mariano como resultado do esmorecimento de sua identidade cultural, em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto. A finalidade é analisar o nascimento do monstro e a colaboração do duplo – que se manifesta fisicamente em Marianinho – no exorcismo do monstro, através da reinvenção de uma identidade cultural como o resultado da negociação com novas culturas, sem que com isso os vínculos com as próprias origens e tradições sejam afrouxados. Para tanto, além da análise do texto literário, utilizaram-se, como subsídio para a leitura realizada, textos teóricos que abordam a questão da monstruosidade, da duplicidade, assim como teorias a respeito da identidade e da tradução cultural. Observou-se que, na empresa de exorcizar o monstro, cabe ao duplo buscar o conhecimento do passado e resgatar a tradição, a fim de reinventar a identidade cultural, evitando, contudo, um fundamentalismo cultural exacerbado que busca a recuperação de uma identidade anterior pura. Tais observações demonstram a necessidade de reatualização do passado por meio da memória, que constitui uma maneira de tradução dialógica do passado, bem como a assimilação da modernidade mediada por processos de tradução.

Biografía del autor/a

Juliana Ciambra Rahe, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestranda em Estudos de Linguagens na UFMS

Rosana Cristina Zanelatto Santos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutora em Letras (literatura potuguesa) pela USP;

Bolsista produtividade em pesquisa CNPq.

Publicado

2015-08-27

Cómo citar

RAHE, Juliana Ciambra; SANTOS, Rosana Cristina Zanelatto. O monstro e seu avesso em Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto. REVELL - REVISTA DE ESTUDIOS LITERARIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 44–52, 2015. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/293. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

Tema Livre