Sobre mímesis e trabalho doméstico

Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso

Visualizações: 645

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7487

Palabras clave:

Mímeses, empregada doméstica, Suíte Tóquio, Giovana Madalosso

Resumen

O intuito do artigo será analisar a representação literária da personagem Maju, a babá de Ana a qual divide o protagonismo com Fernanda, em Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso (2020). Tendo em vista certa originalidade na obra, pela protagonista ser uma personagem comumente secundária, será examinado a qual mimeses cabe a obra de Madalosso (2020), a tradicional, da Poética de Aristóteles, “[...] que a literatura imitava o mundo [...]” (COMPAGNON, 2012, p.124), a que “[...] não possuía uma exterioridade e apenas fazia pastiche da literatura.” (COMPAGNON, 2012, p.124) ou a interpretação de Compagnon (2012), de que “[...] a mimèsis não era passiva, mas ativa [...] a mimèsis constituía uma aprendizagem”. (COMPAGNON, 2012, p.124). Além disso, será discutido sobre como a empregada doméstica ganha voz na narrativa a partir da análise do narrador, baseando-se no conceito de Jaime Ginzburg (2012), descrito no artigo O narrador na literatura brasileira contemporânea. Por fim, será discutido sobre a influência sócio-histórica de Maju enquanto mulher, babá e pobre em seu romance, baseando-se na escrevivência de Juliana Teixeira (2021) em Trabalho doméstico.

Biografía del autor/a

Giovanna Stael de Abreu dos Santos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestranda em Estudos de Linguagens na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0001-8652-1672. E-mail: vanastael@gmail.com.

Andre Rezende Benatti, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Doutor em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – Brasil. Professor Adjunto da Universidade Estdaual de Mato Grosso do Sul – Brasil. Membro do GT Relações Literárias Interamericanas da ANPOLL – Brasil. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0001-8909-8347. E-mail: andrebenatti@uems.br

Citas

ARISTÓTELES. A poéica cláasica/ Aristóteles, Horácio, Longimo. 20ª reimpressão. São Paulo: 2021.

COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.

FRIEDMAN, Norman. O ponto de vista na ficção: o desenvolvimento de um conceito crítico. Tradução Fábio Fonseca de Melo. Revista USP, São Paulo, n. 53, p.166-182, mar./maio 2002.

GINZBURG, Jaime. O narrador na literatura brasileira contemporânea. Tintas. Quaderni di letterature iberiche e iberoamericane, v.2 (2012), pp. 199-221. Disponível em: http://riviste.unimi.it/index.php/tintas. Acesso em 25 nov. 2022.

MADALOSSO, Giovana. Suíte Tóquio. Iª ed. São Paulo: Todavia, 2020.

RANCIÈRE, Jacques. As margens da ficção. Tradução de Fernando Scheibe. São Paulo: Editora 34, 2021.

TEIXEIRA, Juliana Cristina. Trabalho doméstico. São Paulo: Sueli Carneiro: Jandaíra, 2021.

Publicado

2023-04-12

Cómo citar

STAEL DE ABREU DOS SANTOS, Giovanna; BENATTI, Andre Rezende. Sobre mímesis e trabalho doméstico: Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso. REVELL - REVISTA DE ESTUDIOS LITERARIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 34, p. 514–525, 2023. DOI: 10.61389/revell.v1i34.7487. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/7487. Acesso em: 22 nov. 2024.