O amor em retrospecto: duas mulheres de Braga
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Rubem Braga, crônica, mulheres, intimidade, Giddens,Résumé
Primeiro Pierina; Joana veio depois, por curiosidade. “‘Pierina existiu mesmo?’”, pergunta uma leitora; existiu, revela o eu através da crônica; de carne e osso, mas existe até hoje, eternizada, em vários livros de Rubem Braga. Há muito tempo, uma pergunta não saía da cabeça: Pierina persistiu? Ao tentar respondê-la, uma rival é encontrada: Joana. Mas quem é Joana? Qual a relevância dessas mulheres na intimidade do eu do cronista? É significativo salientar que o interesse por Pierina surgiu pela primeira vez em uma crônica de A traição das elegantes, de 1967, e teve confirmação com outras de O conde e o passarinho, de 1934. Este artigo pretende traçar uma linha do tempo que visa à análise da intimidade e se há gradações em relação aos sentimentos do eu com o passar dos anos. Para tanto, tivemos como base reflexões teóricas sobre a intimidade que incluem desde Habermas a Giddens. Há também algumas considerações sobre a crônica retiradas de um livro organizado por Beatriz Resende e ensaios de Davi Arrigucci Jr. que exploram não só o gênero em questão, mas, principalmente, Rubem Braga.
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