Rabelais e a imaginação licenciosa no Brasil oitocentista

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Mots-clés :

François Rabelais, Século XIX, Literatura pornográfica.

Résumé

A partir de 1870, com a expansão do mercado editorial e o aumento da oferta de livros no Brasil, um grupo de escritores luso-brasileiros se aventurou na escrita de literatura licenciosa, com muito sucesso. Eles tomavam a obra do escritor renascentista francês François Rabelais como ponto de partida para escrever literatura picante para o novo mercado. Os escritores apoiavam-se numa tradição erudita e valorizada nos circuitos de maior prestígio social, o que facilitava sua aceitação e circulação. Em Portugal, Alfredo Gallis ganhou fama escrevendo contos licenciosos com o pseudônimo de Rabelais. No Brasil, um grupo de escritores, entre os quais se destacavam Olavo Bilac e Coelho Neto, publicaram em periódicos escritos rabelaisianos que foram reeditados em formato de livro entre 1897 e 1905. Esses livros foram esquecidos porque escapavam a definições nacionalistas de subjetividade e pertenciam a um local transnacional: a França como capital da cultura letrada no século XIX. 

Bibliographies de l'auteur

Leonardo Mendes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Associado de Estudos Literários do Departamento de Letras da Faculdade de Formação de Professores da UERJ

Aline Moreira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando em Teoria Literária e Literatura Comparada no Programa de Pós-graduação em Letras

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Publiée

2019-06-19

Comment citer

MENDES, Leonardo; MOREIRA, Aline. Rabelais e a imaginação licenciosa no Brasil oitocentista. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 21, p. 137–159, 2019. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3395. Acesso em: 22 nov. 2024.