Entre Amélias e Cinderelas: representações femininas em contos da tradição oral

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Autores

  • Hildete Leal dos Santos Universidade Federal da Bahia. Secretaria de Educação do Estado da Bahia.
  • Adelino Pereira dos Santos Universidade do Estado da Bahia

Palavras-chave:

Representações femininas, Cinderela, Tradição oral.

Resumo

Neste trabalho empreendemos leituras  de contos da tradição oral do interior da Bahia, catalogados no fim da década de 1990, para discutirmos sobre representações femininas, sob o ponto de vista da Análise de Discurso de linha francesa. Nesses contos da tradição oral baiana as representações femininas aparecem em  acordo com o modelo idealizado por um discurso de dominação masculina nas sociedades patriarcais, tais quais se constitui na matriz de Perrault, reveladora das condições de produção da França do século XVIII. Na tradição oral dos contos baianos de Cinderela, no limiar do século XXI,   mantêm-se as mesmas formações discursivas da narrativa  Perraultiana, distante no tempo em mais de trezentos anos, o que demonstra a emergência da memória discursiva na raiz dos contos hodiernos. Nessa formação discursiva a mulher, vista como fonte do mal, cria a necessidade de aprisionar-se ao casamento,  fazendo surgir o arquétipo feminino: a mulher dócil, resignada e sempre bela, ideal para a dominação masculina.

Biografia do Autor

Hildete Leal dos Santos, Universidade Federal da Bahia. Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

Mestre em Cultura, Mémoria e Desenvolvimento Regional. Doutoranda do Programa de Doutorado Multidisciplinar em Cultura e Sociedade.

Adelino Pereira dos Santos, Universidade do Estado da Bahia

Doutor em Letras. Professor adjunto da Universidade do Estado da Bahia

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Dissertação de mestrado de um dos autores deste artigo, a ser inserida após a avaliação.

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Publicado

2017-09-05

Como Citar

DOS SANTOS, Hildete Leal; DOS SANTOS, Adelino Pereira. Entre Amélias e Cinderelas: representações femininas em contos da tradição oral. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 2, n. 16, p. 74–95, 2017. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/1422. Acesso em: 22 nov. 2024.