As rubricas hilstiana: voz e corpo no estado de exceção

Visualizações: 854

Autores

  • Johnny dos Santos Lima Universidade Federal da Grande Dourados
  • Alexandra Santos Pinheiro UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS-UFGD

Palavras-chave:

Hilda Hilst, resistência, estado de exceção

Resumo

A rubrica também conta uma história, compõe a cena em si, compõe o sentido do texto teatral. Claro que nem todos os autores do texto dramático utilizam rubricas para escrever teatro, o que possibilita ao ator, diretor e leitor que crie o seu próprio sentido, partindo apenas do texto teatral, sem as indicações definidas, como acontece nos textos que possuem rubricas. Assim, no presente texto, busco, pela abordagem bibliográfica, compreender como Hilda Hilst impôs, em suas rubricas, resistência à repressão da época. Uma mostra artística, dramatúrgica, teatral, que representa a vida em um dos períodos mais marcantes da história do Brasil, da América-Latina e da Europa.

Biografia do Autor

Johnny dos Santos Lima, Universidade Federal da Grande Dourados

Mestre em Letras pela Universidade Federal da Grande Dourados

Alexandra Santos Pinheiro, UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS-UFGD

licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), mestra em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002), doutora em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (2007) e pós doutora pela Univerisdad de Jaén (2012-2013). É professora adjunta da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados, onde atua como professora da graduação e do Programa de Pós Graduação em Letras. Suas pesquisas e publicações estão voltadas, principalmente, aos temas: Literatura e gênero; História da Leitura e Ensino da Literatura. Líder do grupo de pesquisa NÚCLEO DE ESTUDOS LITERÁRIOS E CULTURAIS - Da UFGD, e participada do grupo POÉTICAS DO IMAGINÁRIO E MEMÓRIA- UNIOESTE. Quanto aos trabalhos de extensão, atua na Formação Continuada de Professores, com ênfase no Letramento Literário. Atualmente, É TUTORA DO Pet Letras UFGD.

Referências

ABREU, Caio Fernando. Sobre a Obsena Senhora D. São Paulo, 1982. Disponível em <http://www.angelfire.com/ri/casadosol/criticacfa.html> acesso em 30 de maio de 2016.

ABREU, Caio Fernando. Hilda Hilst Cadernos de Literatura Brasileira. In: Da amizade. São Paulo: Instituto Moreira Salles, nº8, out. 1999.

AGUIAR, Tereza. Entrevista Inédita com Tereza Aguiar. Disponível em <https://revistaosiris.wordpress.com/2013/01/25/entrevista-inedita-com-teresa-aguiar/> acesso em 01 de abril de 2017.

ARAUJO, Maria Paula; SILVA, Isabel Pimentel da; SANTOS, Desirree dos Reis. Ditadura militar e democracia no Brasil: história, imagem e testemunho. 1. Ed. Rio de Janeiro: Ponteio, 2013.

BAUMGARTEL, Stephan A. Jogos didascálicos contemporâneos: modos de abrir espaços poéticos de coralidade e circunscrever um lugar para a fala. Revista Sala Preta. Vol.16, n.2, 2016.

BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

FOLHA Uol. 1968 – Ato Institucional nº5. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/ai5/> acesso em 02 de jan. de 2018.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edição Graal, 1979.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade do saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

HILST, Hilda. Sem pé na Terra. Veja: São Paulo: 25 de abril de 1973, n.p. Entrevista de Hilton Rofran. Disponível no acervo do Centro de Documentação Cultural “Alexandre Eulálio”, CEDAE, na Universidade Estadual de Campinas, Unicamp.

HILST, Hilda, 1930-2004. Teatro completo/Hilda Hilst; posfácio Renata Pallottini. São Paulo: Globo, 2008.

HILST, Hilda. Fico besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hislt. Org: Cristiano Diniz. São Paulo: Globo, 2013.

HILST, Hilda. Hilda Hilst uma poeta no teatro. Hilton Viana. Diário de São Paulo, 29 abr. 1973. Jornal de Domingo.

HILST, Hilda. Hilda Hilst TV Cultura. Youtube, 25 de agoasto de 2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5yeFhO4G2OQ> , acesso em 26 de maio de 2016.

MACIEL JR, Auterives. Resistência e prática de si em Foucault. Revista Triviaum, Ano VI, ed.1, 2014. Disponível em <https://www.uva.br/trivium/edicoes/edicao-i-ano-vi/artigos-tematicos/artigo-tematico-1.pdf> acesso em 02 de jan. de 2018.

PÉCORA, Alcir (org). Porque ler Hilda Hilst. São Paulo: Globo, 2010.

PÉCORA, Alcir. Teatro Completo. In: Nota do organizador. HILST, Hilda. São Paulo: Globo, 2008.

RAMOS, Luis Fernando. A rubrica como literatura da teatralidade: modelos textuais & poéticas da cena. Revista Sala Preta. v.1, n.1, 2001. p.9-22. Disponível em <https://www.revistas.usp.br/salapreta/issue/view/4682/showToc> acesso em 25 de março de 2017.

ROSENFELD, Anatol. Hilda Hilst: poeta, narradora, dramaturga. In: Fluxo-floema. Hilda Hilst. São Paulo: Editora perspectiva, 1990.

ROSENFELD, Anatol. O teatro brasileiro atual. In: Prismas do Teatro. São Paulo: perspectiva, Edusp/Campinas: Editora da Unicamp, 1993. p. 167-8.

ROSENFELD, Anatol. Texto/Contexto. São Paulo: Editora Perspectiva, 1969.

UNIÃO Nacional do Estudantes. Descomomemoração do Golpe: linha do tempo. Disponível em: <http://une.org.br/descomemoracaodogolpe/#/step-50>, acesso em 26 de maio de 2016.

VINCENZO, Elza Cunha de. Um teatro da mulher. São Paulo: Perspectiva, 1992.

Downloads

Publicado

2019-02-15

Como Citar

LIMA, Johnny dos Santos; PINHEIRO, Alexandra Santos. As rubricas hilstiana: voz e corpo no estado de exceção. REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 3, n. 20, p. 279–297, 2019. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3143. Acesso em: 22 nov. 2024.