Em torno do amor e da morte
a travessia da escrita machadiana
Visualizações: 687DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7178Palavras-chave:
Machado de Assis, ; Amor e morte, PsicanáliseResumo
O texto procura destacar Machado de Assis como o homem negro que viveu em um Brasil ainda escravista, sendo, portanto, um excluído que surpreendentemente logrou um lugar cativo no seio da sociedade intelectual brasileira no fim do século XIX. Do alto do Morro do Livramento fez com a sua escrita uma travessia, cartografando um momento histórico e empreendendo uma poética na qual a crítica às relações sociais aparece sutil e irônica. Partido do romance que fragmenta sua poética em duas fases, Memórias Póstumas de Brás Cubas, procura-se marcar a escrita machadiana como uma metodologia que apresenta o mal-estar perante o amor e a morte, entendendo de um ponto de vista literário e psicanalítico que tais temas não cessam de lançar questões a cultura e que muito dificilmente podem ser desarticulados.
Referências
ASSIS, Machado de. Obra completa em quatro volumes. Vol. 1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2022.
BERNARDO, Gustavo. O problema do realismo de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
BOSI, Alfredo. Brás Cubas em três versões. Teresa, (6-7), 2005, 279-317.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.
BIRMAN, Joel. O Sujeito na Contemporaneidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: Vários escritos. 4° ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul. São Paulo: Duas Cidades, 2004.
CALDEIRA, Luíza Angélica Fonseca. Em torno do real: a escrita de Machado de Assis e o trabalho do leitor, 2006. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira) – Pós-Graduação em Letras – FALE/UFMG, Belo Horizonte.
COUTINHO, Afrânio. Machado de Assis. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguillar, 1992.
FAORO, Raymundo. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. 3 ed. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
FERRAZ, Antônio Máximo. O trágico na modernidade literária brasileira: apontamentos para o diálogo com obras de Machado de Assis, João Guimarães Rosa e Osman Lins. Opiniães, (14), 2019, 53-66.
FREUD, Sigmund. O poeta e o fantasiar. In: Arte, literatura e os artistas. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
GLEDSON, John. Machado de Assis: ficção e história. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007.
GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Um monumento chamado Brás Cubas [Prefácio]. In: ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguin Classis: Companhia das Letras, 2014.
LACAN, Jacques. Le seminaire, livre XXII: RSI (1974-1975). (Seminário inédito, transcrição em francês disponível em: http://www.valas.fr/Jacques-Lacan-RSI-1974-1975,288.
LACAN, Jacques. Textos psicanalíticos 1 - Hamlet por Lacan. São Paulo, Escuta, v. 1, 1986
MEDEIROS, Ana Clara Magalhães de. Poética socrática, tanatografia e a invenção do desassossego. 2017. 213 f., il. Tese (Doutorado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
NUNES, Benedito. No tempo do niilismo e outros ensaios. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
PERES, Ana Maria Clark. Machado de Assis, Dom Casmurro. In: O estilo na contemporaneidade. 1aed. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2005, v. 1, p. 81- 96.
ROCHA, João Cezar de Castro. Machado de Assis: por uma poética da Emulação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
ROUANET, Sérgio Paulo. Riso e melancolia. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SANTIAGO, Silviano. “Toda a Memória do Mundo”. Teresa – Revista de Literatura Brasileira, SP, n.6-7, USP, 2006.)
SCARPELLI, Marli Fantini. Narrar para não morrer: Memórias Póstumas de Brás Cubas. In: Persone. São Paulo: Editora Senac, 2001.
SCHOEPS, L. A. Éthos, corpo, ironia e uma política da escrita do defunto autor de Machado de Assis. Interdisciplinar, v. 26, p. 167-182, 2016.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo. São Paulo: 34, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).