GA3 EM SEMENTES DE TOMATEIRO: EFEITOS NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS

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Autores

  • Eduardo Pradi Vendruscolo Doutorando do programa de pós-graduação em Agronomia na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO.
  • Luiz Fernandes Cardoso Campos Doutorando do programa de pós-graduação em Agronomia na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO.
  • Angélica Pires Batista Martins Mestranda do programa de pós-graduação em Agronomia na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO.
  • Alexsander Seleguini Professor na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO.

DOI:

https://doi.org/10.32404/rean.v3i4.1165

Resumo

A obtenção de mudas de qualidade é uma fase crítica na produção de hortaliças, interferindo diretamente no desenvolvimento e produção da cultura. Portanto, buscam-se tecnologias que possibilitem a formação de mudas sadias e vigorosas. Neste sentido, objetivou-se, por meio deste trabalho, avaliar o efeito do tratamento de sementes de tomateiro com diferentes doses de ácido giberélico aplicado isolado ou em conjunto com outros fitormônios na germinação e crescimento inicial de mudas de tomateiro “Santa Clara”. O estudo caracterizou-se como um fatorial 2x6, conduzido em blocos inteiramente casualizados. Os fatores estudados consistiram da utilização de duas fontes de ácido giberélico (solução de GA3 e bioestimulante) e seis doses (0; 0,5; 1; 1,5; 2; 2,5 mg L-1), com quatro repetições. As sementes foram tratadas por meio de embebição nas soluções contendo GA3, por uma hora. Em laboratório foram avaliados: germinação, tempo médio de germinação e índice de velocidade de germinação. Em um segundo ensaio, em telado, foram avaliados: emergência de plântulas, tempo médio de emergência, índice de velocidade de emergência e após 14 dias obtiveram-se a proporcionalidade de crescimento das plântulas, a fitomassa seca de parte aérea e de raízes. Observou-se que a aplicação de GA3 na forma de bioestimulante resulta em melhor germinação, índice de velocidade de germinação e produção de raízes, quando comparado à aplicação do fitormônio separadamente. O aumento das doses de GA3, até 2,5 mg L-1, é prejudicial ao tempo de emergência e ao desenvolvimento radicular

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Publicado

2016-09-26

Como Citar

Vendruscolo, E. P., Campos, L. F. C., Martins, A. P. B., & Seleguini, A. (2016). GA3 EM SEMENTES DE TOMATEIRO: EFEITOS NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS. Revista De Agricultura Neotropical, 3(4), 19–23. https://doi.org/10.32404/rean.v3i4.1165

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