As tecnologias digitais da informação e comunicação e o ensino colaborativo diante do contexto da educação inclusiva em tempos de pandemia
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https://doi.org/10.61389/rbecl.v6i11.6192Palavras-chave:
Pandemia, tecnologia da informação e comunicação, co-ensino.Resumo
RESUMO: O período pandêmico tem levantado questionamentos quanto ao uso que os professores estão fazendo dos recursos das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), para o desenvolvimento do ensino remoto para todos os estudantes, entre eles os estudantes público-alvo da educação especial (PAEE), que normalmente exigem práticas específicas para terem acesso aos conteúdos e consiga realizar as atividades com autonomia e independência. Aliado a isso, as contribuições significativas que a literatura vem apresentando sobre o ensino colaborativo/ co-ensino para o desenvolvimento de um atendimento viável a todos os alunos, bem como a necessidade de existir um espírito colaborativo entre os professores nos processos educacionais inclusivos, demonstra uma temática fundamental para ser apresentada e discutida, quando se aborda o contexto do ensino remoto. Por tanto, o objetivo desse artigo é apresentar reflexões sobre os aspectos que repercutem na atuação dos profissionais da educação diante das práticas educacionais realizadas remotamente utilizando as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) e considerando o ensino colaborativo. Utilizando-se da abordagem qualitativa parte-se do entendimento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade (Chizzotti,1998) e, portanto, as reflexões aqui apresentadas são tecidas nessa relação. Assim, a sistematização metodológica para a elaboração desse texto, são realizadas alusão aos estudos sobre o ensino colaborativo na educação especial e educação inclusiva, e dos estudos referentes a TDIC na educação e a sua relação com os processos avaliativos. As reflexões tecidas apresentam contribuições para a análise do momento vivenciados e destaca o modelo do ensino colaborativo, realizados pelos profissionais da educação, para que compreendam de uma forma contextualizada sobre os desafios que enfrentam, especialmente em períodos de pandemia. Mas também possam levar em consideração as lacunas de aprendizagem que se encontram nesses contextos ditos como inclusivos. Além disso, aponta-se alternativas de trabalho em um formato mais colaborativo, que viabilizem da melhor maneira possível, a continuidade do processo de ensino aprendizagem em meio ao isolamento físico imposto pela pandemia.
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