Loreta Valadares e a violência de gênero na ditadura militar brasileira

Visualizações: 629

Authors

DOI:

https://doi.org/10.61389/revell.v2i32.7169

Keywords:

Violência de gênero, Ditadura militar brasileira, Loreta Valadares

Abstract

Gender violence is performed inside the most different environments. It is expected that women must be restricted to the household space and that power must be performed only by men in patriarchal contexts,. Women who struggled against it with the aim of ridding the country from repression and silencing were imprisoned, tortured and killed in Brazilian civil military dictatorship. The violence performed consisted in humiliating and degrading the woman so that she would return to her private environment. The work  Estilhaços – em tempos de luta contra a ditadura, by former activist Loreta Valadares, is used in order to analyze the gender violence that was practiced during the Brazilian military dictatorship. Readings on Gagnebin (2006), Polak (1989), Sarlo (2007) and Lerner (2019) will be made to substantiate studies on memory and will be  used to understand the patriarchal context; Ferreira (1996), Rosa (2013) and Colling (1997) are used to discuss female participation in Brazilian dictatorship. It can be noticed that a specific type of  violence  was practiced against women because they were transgressing what society had predetermined as appropriate behavior for women during this period. Deviating from the role model was unacceptable and meant that the one who did it  was a deviated woman.

Author Biographies

Joelma de Araújo Silva Resende, Universidade Federal do Piauí

Mestra em Letras pela Universidade Federal do Piauí – Brasil.  Doutoranda em Letras na Universidade Federal do Piauí – Brasil.  ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-4858-3412. E-mail: joelmadearaujosilva@gmail.com

Margareth Torres de Alencar Costa, Universidade Estadual do Piauí

Doutora em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco – Brasil. Realizou estágio pós-doutoral em Ciências Humanas e Sociais na Universidad de Buenos Aires – Argentina. Professora Dedicação Exclusiva da Universidade Estadual do Piauí – Brasil. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-3524-9503. E-mail: margazinha2004@yahoo.com.br.

References

BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Relatório / Comissão Nacional da Verdade. – Recurso eletrônico. – Brasília: CNV, 2014. 976 p. – (Relatório da Comissão Nacional da Verdade; v. 1)

BRASIL. Lei nº 14.192, de 04 de agosto de 2021. Estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.

COLLING, Ana Maria. A resistência da mulher à ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997.

CULVER, V. Mulher-Guerreira: Desenvolvimento da Identidade de Gênero das Mulheres nas Forças Armadas Americanas. Journal of the Student Personnel Association da Indiana University , p. 64-74, 9 de maio de 2013.Disponível em: <https://scholarworks.iu.edu/journals/index.php/jiuspa/article/view/3674>. Acessado em 21/8/2020.

EDWARDS, Keith E.; JONES, Susan R. Putting My Man Face On: A Grounded Theory of College Men’s Gender Identity Development. Journal of College Student Development, vol. 50, nº 2, 2009, p. 210-228. Disponível em: <https://muse.jhu.edu/article/260883/pdf#info_wrap>. Acessado em: 21 de agosto de 2020.

FERREIRA, Elizabeth F. Xavier. Mulheres, militância e memória. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1996.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.

HALBWACHS, M. A Memória coletiva. Trad. de Laurent Léon Schaffter. São Paulo, Vértice/Revista dos Tribunais, 1990.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Trad. Dora Rocha Flaskman. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.3-15, 1989.

ROSA, Susel Oliveira da. Mulheres, ditaduras e memórias: “Não imagine que precise ser triste para ser militante”. São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2013. 326 p.

SANTOS, Heloísia Nunes dos. Memórias militantes: narrativas autobiográficas de militantes da Ação Popular. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2017.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Trad. Rosa Freire de Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2007.

VALADARES, Loreta. Estilhaços: em tempos de luta contra a ditadura. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, 2005. 303 p.

Published

2022-12-14

How to Cite

DE ARAÚJO SILVA RESENDE, Joelma; TORRES DE ALENCAR COSTA, Margareth. Loreta Valadares e a violência de gênero na ditadura militar brasileira. REVELL - UEMS JOURNAL OF LITERARY STUDIES, [S. l.], v. 2, n. 32, p. 181–201, 2022. DOI: 10.61389/revell.v2i32.7169. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/7169. Acesso em: 22 nov. 2024.