Alcântara Machado, leitor de Blaise Cendrars: Modernismo e narrativa de viagem em Pathé-Baby

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Autores/as

Palabras clave:

Literatura comparada, Modernismo, Alcântara Machado, Blaise Cendrars, Pathé-Baby.

Resumen

Este artigo objetiva investigar a relação, em perspectiva comparatista, entre o pensamento modernista de Blaise Cendrars e a narrativa de viagem Pathé-Baby de António Alcântara Machado. Para tanto, foi utilizado um aporte teórico que principia pela escolha de autores que dimensionaram a importância de Cendrars no Brasil e, consequentemente, no Modernismo brasileiro, como Amaral, Eulalio, Calil e Gonçalves, e teve continuidade no recrutamento de nomes relevantes como Bakhtin e Hutcheon que versaram sobre narrativa de viagem e paródia, respectivamente. A partir dos resultados obtidos, avaliou-se a consistência da ligação que se estabelece, como expressão literária, entre os autores, sendo Pathé-Baby um exemplo legítimo que comprova o intercâmbio cultural desenvolvido entre o artista franco-suíço e a intelectualidade brasileira da época.     

Biografía del autor/a

Lucas da Cunha Zamberlan, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutor em Letras - Estudos Literários - e mestre pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). No período de 2016 e 2017, foi Professor Substituto do Departamento de Letras Vernáculas da UFSM e, em 2018, atuou como professor do curso de Letras (UFSM) em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) na modalidade EaD. Atualmente realiza Pós-Doutorado na linha de pesquisa Literatura, Comparatismo e Crítica Social do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM com bolsa PNPD/CAPES e desenvolve pesquisas na área de Literatura Comparada, com enfoque na relação entre literatura, outras artes e mídias e literatura e história. Possui experiência docente em Literatura brasileira e portuguesa, Literaturas africanas de expressão portuguesa, Literatura infantil e Teoria da Literatura. Também participa como integrante do Grupo de Pesquisa Literatura e História - UFSM, vinculado ao CNPq. Áreas de interesse: Intermidialidade. Literatura e História. Comparativismo. Literatura Modernista. Literatura Contemporânea. 

Citas

AMARAL, Aracy. Blaise Cendrars no Brasil e os modernistas. São Paulo: Livraria Martins Editora S. A., 1970.

ANDRADE, Oswald de. Pau-Brasil. In: SCHWARTZ, Jorge (Org.). Caixa modernista. São Paulo: EDUSP/ Imprensa Oficial; Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

CALIL, Carlos Augusto. A família de Cendrars. In: CENDRARS, Blaise. O loteamento do céu. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

CENDRARS, Blaise. Du monde entier: poésies complètes: 1912-1924. Paris: Éditions Gallimard, 1967.

CENDRARS, Blaise. Etc..., etc... (um livro 100% brasileiro). Tradução de Teresa Thiériot. São Paulo: Editora Perspectiva, 1976.

EULALIO, Alexandre. A aventura brasileira de Blaise Cendrars. São Paulo/Brasília: Edições Quíron Limitada, 1978.

GONÇALVES, Marcos Augusto. 1922: a semana que não terminou. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de arte do século XX. Tradução de Tereza Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1985.

MACHADO, António de Alcântara. Pathé-Baby: Edição fac-similar comemorativa dos 80 anos da Semana de Arte Moderna (1922-2002). Belo Horizonte/Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 2002.

Publicado

2019-06-19

Cómo citar

ZAMBERLAN, Lucas da Cunha. Alcântara Machado, leitor de Blaise Cendrars: Modernismo e narrativa de viagem em Pathé-Baby. REVELL - REVISTA DE ESTUDIOS LITERARIOS DA UEMS, [S. l.], v. 1, n. 21, p. 210–230, 2019. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3232. Acesso em: 23 nov. 2024.