Complexo de Cassandra
entre a militância e a emancipação autoral postergada
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7116Palabras clave:
literatura brasileira, lesbianismo, homofobia, censura, erotismoResumen
Antecipando temas e pautas hoje caros, tanto à comunidade LGBTQIA+ quanto ao revisionismo do patriarcado machista e homofóbico, a escritora Cassandra Rios é uma figura relevante da resistência e pelos direitos das mulheres homossexuais no Brasil. Ao mesmo tempo que propõe um estudo pontual de uma obra da autora paulistana, este artigo denuncia a exclusão de seu nome dos cânones das grandes escritoras nacionais e a visão reducionista dos estudos literários sobre os temas de suas obras, enquanto era perseguida e censurada pelo regime militar em razão desses mesmos temas. Se no início dos anos 2000, a obra de Rios começou a receber nova luz sobre sua importância em certa época da história do País e da história literária, nos últimos anos seu nome voltou a cair em injusto esquecimento. Assim, o estudo visa uma leitura do livro Muros Altos (1962), como exemplo emblemático e forma de ampliar a compreensão de sua vitalidade na literatura brasileira.
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