O desabrochar da vida numa perspectiva literária
Representações da infância e juventude de Dona Beja
Visualizações: 57DOI :
https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8223Mots-clés :
Dona Beja, Infância e Juventude, Representação de gênero, Literatura, HistóriaRésumé
Esta pesquisa analisou à luz dos estudos de gênero, as representações da infância e juventude construídas no século XX, pelo romancista Agripa Vasconcelos em sua produção literária A vida em flor de Dona Bêja (1957) sobre Dona Beja, personagem histórica do século XIX. Isso posto, debruçou-se sobre a questão da condição feminina sob o regime patriarcal, os comportamentos socialmente idealizados para a mulher oitocentista, debateu-se sobre o tema da submissão feminina e as restrições enfrentadas pela mulher para ter acesso à educação, bem como a falta de autonomia feminina na escolha do seu esposo como a constituição familiar a partir de casamentos arranjados. Esta pesquisa não tem a pretensão de esgotar o estudo das representações literárias de Dona Beja no romance de Agripa Vasconcelos, mas sim de refletir sobre as desigualdades constituídas historicamente entre homens e mulheres, que também se manifestam por meio da linguagem literária.
Références
ABREU FILHO, Ovídio de. Dona Beija: análise de um mito. In: FRANCHETTO, Bruna. (Org.). Perspectivas antropológicas da mulher. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. Vol. 3. p. 76-107.
CARRARA, Sérgio Luiz. Gênero e Diversidade na Escola. Rio de Janeiro: CEPESC, 2009.
COUTINHO, Fernanda. Narrar para não morrer: a história de Sherazade. In: FIÚZA, Regina Pamplona. (Org.). A Mulher na Literatura: criadora e criatura. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2010, v. 1, p. 77-84.
CUNHA, Karolina Dias da. Mulheres brasileiras no século XIX. Anais do Encontro Nacional do Grupo de trabalho Gênero/ANPUH. Vitória – ES, p. 01-12, 2014.
DIAS, Fabiele Silva, A criança na sociedade europeia (séc. XVIII) e brasileira (séc. XIX). Anápolis – GO: Universidade Evangélica de Goiás. 2021. Trabalho de conclusão de curso em Pedagogia.
DUARTE, Constância Lima. História da literatura feminina: nos bastidores da construção de gênero. In: FANTINI, Marli; SCARPELLI, Eduardo de. (Orgs.). Políticas da diversidade. Belo Horizonte: UFMG/FALE, 2002, p. 211-220.
HAMEISTER, Martha Daisson. Uma contribuição ao estudo da onomástica no período colonial: os nomes e o povoamento do Extremo Sul da Colônia (Continente do Rio Grande de São Pedro, c. 1735-1777). In: DORÉ, Andréa; SANTOS, Antônio Cesar de Almeida. (Orgs.). Temas Setecentistas: governos e populações no Império Português. Curitiba: UFPR/SCHLA-Fundação Araucária, 2009, p. 459-478.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 206-242.
MATOS, Sônia Missagia de. Visão antropológica: repensando o gênero. In: AUAD, Sylvia Maria Von Atzingen Venturoli (Org.). Mulher: cinco séculos de desenvolvimento na América. Belo Horizonte: Federação Internacional de Mulheres da Carreia Jurídica, 1999, p. 19-57.
MAUAD, Ana Maria. A vida das crianças de elite durante o império. In: DEL PRIORE, Mary (Org.). História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2010, p. 126-163.
MONTANDON, Rosa Maria Spinoso. Dona Beja: Desfazendo as teias do mito. Universidade Federal de Uberlândia, 2002. Dissertação de Mestrado.
MONTELEONE, Joana de Moraes. Costureiras, mucamas, lavadeiras e vendedoras: o trabalho feminino no século XIX e o cuidado com as roupas (Rio de Janeiro, 1850-1920). Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 1, p. 01-11, 2019.
PASSOS, Elizete Silva. A educação feminina na Bahia. Bahia – análise e dados. Salvador, v. 07, nº 02, p. 135-141, set. 1997.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
PRIORE, Mary Del. O cotidiano da criança livre no Brasil entre a Colônia e o Império. In: DEL PRIORE, Mary (Org.). História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2010, p. 79-98.
QUINTANEIRO, Tânia. Retratos de mulher: o cotidiano feminino no Brasil sob o olhar de viageiros do século XIX. Petrópolis: Vozes. 1995.
SAMARA, Eni de Mesquita. As mulheres, o poder e a família, São Paulo, século XIX. São Paulo: Editora Marco Zero, 1989.
SILVA, Ana Paula Mendes. A mulher na Literatura Brasileira: revisitando a condição social feminina. IV Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais, João Pessoa, p. 01 -18, 2013.
SILVA, Renato Martins. Em nome da honra: Um tema presente na literatura do século XIX. Anais do IV Congresso de Letras da UERF- SG. São Gonçalo, 2007.
SILVA, Edivalma Cristina da. De seduzidas a sedutoras: uma análise discursiva sobre a feminilidade e valores culturais e morais no Seridó do Rio Grande do Norte, presente nos processos-crime de sedução e defloramento e no jornal das moças (1900 – 1945). Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, n°, v. 5, ano V, 2008, p. 01-20.
SILVEIRA, Maria Eduarda; ALDA, Lúcia Silveira. Nós, mulheres: A importância da sororidade e do empoderamento feminino. III Seminário Luso-Brasileiro Educação em Sexualidade, Género, Saúde e Sustentabilidade. Rio Grande, p. 01-05, 2018.
VASCONCELOS, Agripa. A vida em flor de Dona Bêja. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1966.
WEIGERT, Beatriz, História e histórias no Livro das Mil e Uma Noites e em Vozes do Deserto, de Nélida Piñon. Historiæ, Rio Grande, V. 6, n°1, p. 28-42, 2015
WENZEL, Maria Cristina Rosa; BATISTA, Sueli Soares. A concepção de infância na literatura infantil. Comunicação e educação, ano XI, n°01, p. 32-42, jan/abr, 2006.
WOLFF, Cristina Scheibe; SALDANHA, Rafael Araújo. Gênero, sexo, sexualidades: Categorias do debate contemporâneo. Revista Retratos da Escola, Brasília. V. 9, n° 16,
p. 29-46, 2015.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS 2024
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).