Marcas de Resistência na Crônica "Luto da Família Silva", de Rubem Braga
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7121Palavras-chave:
narração, informação, resistênciaResumo
Alfredo Bosi (2002) afirma, em seu texto “Narrativa e Resistência”, que a ideia de resistência se conjuga à narrativa a partir de duas formas de realização: como tema e como processo inerente à escrita. Cronista por excelência, Rubem Braga pode ser citado como um exemplo de escritor que realiza, em suas crônicas, essas duas formas de resistência: na forma, através do lirismo e da voz do narrador de tradição; nos temas abordados, os quais levantam questionamentos e reflexões sobre sociedade e política. Com o intuito de mostrar como a resistência se faz presente na obra de Braga, optamos por trabalhar a crônica “Luto da família Silva”, produzida em 1935 a partir de uma notícia de jornal. Nessa crônica, Braga questiona, através da ironia e do humor, a luta de classes, a condição do excluído e a invisibilidade social dos inúmeros “Joões da Silva”. Em nosso trabalho, consideramos as marcas de resistência como tema e como forma imanente ao texto. Para isso, fundamentamos nossa pesquisa na obra Literatura e Resistência de Alfredo Bosi. Também compartilhamos das ideias apresentadas por Walter Benjamin (1994), em seu texto “O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”. Além dos textos citados, foram consultados, como fontes de pesquisa, “La Forma Inicial”, de Ricardo Piglia (2015); e os ensaios sobre as crônicas de Rubem Braga, “Braga de novo por aqui” e “Fragmentos sobre a crônica”, de Davi Arrigucci (1987).
Referências
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