Da marginalidade ao protagonismo:
representações da mulher na literatura fantástica em uma análise do conto “A nevrose da cor”, de Júlia Lopes de Almeida
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7176Palavras-chave:
Júlia Lopes de Almeida, A nevrose da cor, protagonismo feminino, maravilhosoResumo
Este estudo tem por objetivo analisar as representações do feminino no conto “A nevrose da cor”, de Júlia Lopes de Almeida, a partir da perspectiva da crítica feminista e do maravilhoso, na Literatura Fantástica, a fim de destacar os modos de construção da mulher, nesta modalidade literária, sob duas óticas: a do fantástico canônico, de autoria masculina, que coloca o feminino à margem, como objeto; e a do fantástico de autoria feminina, no qual a mulher figura como protagonista. Para chegar ao objetivo pretendido, serão utilizadas, como aporte teórico, as considerações de Tzvetan Todorov (1981), Irène Bessière (2012), Francisco Vicente de Paula Júnior (2011), Elaine Showalter (1994) e Cecil Jeanine Albert Zinani (2010). O discurso androcêntrico, que postula a inferioridade do segundo sexo, ecoa, na literatura canônica, sobretudo na fantástica, representando a mulher como objeto, musa subalterna ou personificação do mal, associando-a a bruxas, demônios e seres malignos. No fantástico de autoria feminina, tal como ocorre no conto de Almeida, que tem como personagem central Issira, a mulher assume o posto de protagonista, dispondo de voz e expressando seus enfrentamentos com o homem e consigo mesma.
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