De filha a mãe, de volta a filha
Linea Nigra, de Jazmina Barrera
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https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8240Palavras-chave:
Filiação, Maternidade, Transmissão, Corpo, OlharResumo
Neste artigo, faço uma leitura do livro Linea Nigra, de Jazmina Barrera (2023), na qual procuro entender como a filiação e a maternidade se entrecruzam a partir da construção da narradora/ensaísta/autora como mãe. A obra se debruça sobre a gestação da narradora e sobre os primeiros meses de cuidado do filho. Nesse processo, ela se vê obrigada a revisitar sua posição de filha e sua relação com sua mãe, em um trânsito intergeracional que reconfigura a filiação, deslocando-a da escrita clássica do filho que fala dos pais e recolocando-se em um constante caminho de ida e volta e de troca de posições. Este trabalho se baseia na leitura cerrada de alguns trechos, dos quais emergem questões como a relação da filiação com o corpo, com a abstração, com o olhar e com as imagens. Destaco, entre as referências trabalhadas aqui, a aproximação ao trabalho de Tamara Kamenszain (2021), Silvia Frederici (2019), Margo Glantz (1992), Natalia Brizuela (2014), além de alguns diálogos com Isabel Zapata (2021) e Alejandro Zambra (2021).
Referências
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