Representações de corpo feminino e memória em poemas de Conceição Evaristo

Visualizações: 437

Autores/as

  • Thamirys Di Paula Cassiano de Matos Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.61389/wrlem.v1i20.5842

Palabras clave:

Literatura Afro-brasileira, Mulher negra, Corpo, Memória

Resumen

O presente artigo se propõe a analisar representações do corpo feminino e memória em poemas de Conceição Evaristo. Para tanto, os textos escolhidos são Eu-mulher, Vozes-Mulheres e Meu Rosário da coletânea Poemas da recordação e outros movimentos (2008). Com análise fundamentada na crítica feminista e em estudos de obras da escritora em questão, constatou-se que neles a escrita autoral apresenta o universo de experiências da comunidade afro-brasileira, focalizado principalmente nas experiências das mulheres negras, com tons de denúncia das injustiças sociais, dos indícios da complexidade de esquemas corporais produzidos em ambientes marginalizados, bem como a valorização da memória e identidade afro-brasileira com intuitos de levante e esperança nas gerações futuras seja como um coletivo seja como narradoras de si.

Biografía del autor/a

Thamirys Di Paula Cassiano de Matos, Universidade Federal do Pará

Mestra em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e especialista em Cultura e Literatura pela Faculdade Educacional da Lapa- Brasil.  É professora de Língua e Literatura Portuguesa da Secretaria de Estado de Educação do Pará.

Citas

BISPO, Ella Ferreira e LOPES, Sebastião Alves Teixeira. Escrevivência: perspectiva feminina e afrodescendente na poética de Conceição Evaristo. Revista Língua & Literatura, v. 35, n. 20, p. 186-201, jan./jun. Frederico Westphalen: Departamento de Linguística, Letras e Artes da URI, 2018.

Disponível:http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/2598

Acessado em 01/10/2020.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: T.A Queiroz, 1979.

DAVIS, Ângela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

DEUS, Zélia Amador. Espaços africanizados do Brasil: algumas referências de resistências, sobrevivências e reinvenções. Revista Eletrônica: Tempo ‐ Técnica ‐ Território, v.3, n.2, p. 63:76 ISSN: 2177‐436659. DOI: https://doi.org/10.26512/ciga.v3i2.15443. Brasília: Departamento de Geografia da UNB, 2012.

Disponível:http://inseer.ibict.br/ciga/index.php/ciga/article/viewFile/148/113

Acessado em 16/06/2021.

DEUS, Zélia Amador. O corpo negro como marca identitária na diáspora africana. In: XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais: Diversidades e (Des)Igualdades. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2011.

Disponível:https://fenomenologiadasolidariedade.files.wordpress.com/2013/11/1308245884_arquivo_corpocomomarcaidentitariaartigoversaofinal-zelia.pdf

Acessado em 01/10/2020. DOI: https://doi.org/10.37585/HA2020.01materias

DUARTE, Constância Lima. O cânone literário e a autoria feminina. In: AGUIAR, Neuma (org.). Gênero e Ciências Humanas: desafio às ciências desde a perspectiva das mulheres. Rio de Janeiro: Record /Rosa dos Ventos, 1997, p. 85-94 (Coleção Gênero, v.5).

EVARISTO, Conceição. Escrevivênciasda Afro-brasilidade: história e memória.Revista Releitura – ISSN1980-3354, n. 23, nov.Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura, 2008.

Disponível:https://sites.google.com/site/nossaescrevivencia/proseando/SE%C3%87%C3%83O_PROSEANDO_Ensaio_3.pdf?

Acessado em 10/09/2020.

EVARISTO, Conceição. Dos sorrisos, dos silêncios e das falas. In: SCHNEIDER, Liane e MACHADO, Charliton (org). Mulheres no Brasil: resistência, lutas e conquistas. João Pessoa: Editora Universitária, UFPB, 2009.

EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê, 2017.

FANON, Franz. Peles negras, máscaras brancas. Salvador: Editora EDUFBA, 2008.

FILHO, Nelson Martinellie LOPES, Michelly Cristina Alves. A escre(vivência) presente em Maria Firminados Reise Conceição Evaristo: uma análise dos contos “A escrava” e “Maria”. REVELL: Revista de Estudos Literários,v. 3, n. 20, p. 314-334. Campo Grande: Faculdade de Letras da UEMS, 2018.

Disponível:https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3164

Acesso em 08/12/2020.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Trad. de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

FRIEDAN, Betty. A mística do feminino.Trad. de Áurea B. Weissenberg. Petrópolis: Editora Vozes, 1971 (1963).

HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais Ltda., 1990.

HANISCH,Carol. The personal is politic, fev. 1969.

Disponível: http://www.carolhanisch.org/CHwritings/PIP.html

Acesso em: 16/06/2021

HOOKS, Bell. Intelectuais Negras. REF: Revista Estudos Feministas, v. 3, n. 2, p. 464-478. Florianópolis:Instituto de Estudos de Gênero da UFSC,1995.

Disponível:https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16465

Acessado em 08/12/2020. DOI: https://doi.org/10.9771/gmed.v12i1.38134

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1990.

LEMAIRE, Ria. Passionset Positions: contribution à une sémiotique Du sujet dans la poésie lyrique medievale em langues romanes. Amsterdam: Dodopi, 1987. DOI: https://doi.org/10.1163/9789004650985

LIMA, Ana Carla da Silva e MELO, Henrique Furtado de. Em nome da violência: uma leitura de Natalina Soledad, de Conceição Evaristo. REVELL: Revista de Estudos Literários, v. 10, n. 20, p. 298-313. Campo Grande: Faculdade de Letras da UEMS2018.

Disponível: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3140

Acessado em 08/11/2020. DOI: https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4518

MONTEIRO, Liliane Nogueira. A representação da mulher negra na Literatura Brasileira. Trânsitos pós-coloniais e decolonialidade de saberes e sentidos. In: X Simpósio Linguagens e Identidades da Amazônia Sul-Ocidental. VIII Colóquio Internacional “As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia”, 2014.

Disponível:https://periodicos.ufac.br/index.php/simposioufac/article/view/1010

Acesso em: 08/05/2020.

MOREIRA, Jailma dos Santos Pedreira e PINHEIRO de SOUZA, Taise Campos dos Santos. Escritoras subalternas negras: por que incluí-las nas aulas? Revista Fórum Identidades, v. 19, p. 13-32. Itabaiana: GEPIADDE da UFS, 2015.

Disponível:https://seer.ufs.br/index.php/forumidentidades/article/download/4800/4023

Acessado em 10/09/2020.

MOREIRA, Jailma dos Santos Pedreira e PINHEIRO de SOUZA, Taise Campos dos Santos. Escrita de autoria feminina negra: reflexões sobre sua importância e inserção no campo educacional. In: I Colóquio de Prática Pedagógica e Estágio, ocorrido de 17 a 19 de maio de 2012 na Universidade do Estado da Bahia, Campus - II, Alagoinhas - BA. Africanias

SPIVAK, Gayatri Chakravorty, 1942.Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFIVIG, 2010.

ZILBERMAN, Regina. Fundamentos do texto literário,2. ed. Curitiba: IESDE Brasil, 2013.

XAVIER, Elódia. Narrativa de autoria feminina na literatura brasileira: as marcas datrajetória. Leitura, n. 18, p. 87-95, 2º semestre. Alagoas: Programa de Pós-Graduação em Letras da UFAL1996. DOI: https://doi.org/10.28998/0103-6858.1996v2n18p87-95

Disponível:http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/6825/5409

Acessado em 11/09/2020.

XAVIER, Elódia. O Corpo a corpo na Literatura Brasileira: a representação do corpo nas narrativas de autoria feminina. In: BRANDÃO, Izabel e MUZART, Zahidé L. (org.) Refazendo nós: ensaios sobre mulher e literatura. Florianópolis: Ed. Mulheres; Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. 560 p.

XAVIER. Elódia. Que corpo é esse? O corpo no imaginário feminino. Florianópolis: Ed.Mulheres, 2007.

Publicado

2022-02-25

Cómo citar

Cassiano de Matos, T. D. P. (2022). Representações de corpo feminino e memória em poemas de Conceição Evaristo. WEB REVISTA LINGUAGEM, EDUCAÇÃO E MEMÓRIA, 1(20), 88–108. https://doi.org/10.61389/wrlem.v1i20.5842