VOZES DE MÃES E PROFESSORAS COM FILHOS SÍNDROME DE DOWN E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:
memórias de vida e empoderamento
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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, SÍNDROME DE DOWN, MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEMResumo
O presente artigo visa apresentar os resultados de uma pesquisa qualitativa em uma instituição escolar pública de Campo Grande, por meio de uma entrevista semiestruturada e roda de conversa com mães e professoras que possuem filhos com Síndrome de Down e Deficiência Intelectual, trazendo à tona memórias e discursos de vida dessas participantes-colaboradoras, no sentido de compreender as percepções vivenciadas ao se depararem com o filho com deficiência, uma perspectiva sócio-histórico. Visa também evidenciar o processo de empoderamento dessas mulheres e demonstrar a relevância de seu papel nessa relação afetiva, que contribui para a construção do processo educativo de seus filhos, fazendo com que, por meio do conceito de mediação, apropriem-se da aprendizagem com autonomia e desenvolvam atividades de vida diária, tanto na escola quanto nos diferentes espaços sociais que frequentam. A análise dos dados apresentados evidencia que as mães idealizam o filho perfeito, porém, ao vê-lo nascer com deficiência, e não ser o que esperavam, assumem um estado de contemplação e sensibilidade à dor da criança que traz consigo algumas limitações. Entretanto, em meio à difícil constatação, essas mulheres desenvolvem pensamentos e atitudes de empoderamento para cuidar dos filhos, o que as torna exigentes para acompanhar seus processos de escolarização e desenvolvimento da aprendizagem. Em um segundo momento, fortalecem-se por meio do conhecimento e da convivência com outras mães e até mesmo junto às instituições sociais e escolares. Também, passam a compreender que o filho necessita de possibilidades, oportunidades e instrumentos para que possa estabelecer a autonomia e desenvolver sua aprendizagem, em contexto de escolarização, de forma equilibrada e com bom aproveitamento.
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