VOZES DE MÃES E PROFESSORAS COM FILHOS SÍNDROME DE DOWN E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:
memórias de vida e empoderamento
Visualizações: 176Palavras-chave:
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, SÍNDROME DE DOWN, MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEMResumo
O presente artigo visa apresentar os resultados de uma pesquisa qualitativa em uma instituição escolar pública de Campo Grande, por meio de uma entrevista semiestruturada e roda de conversa com mães e professoras que possuem filhos com Síndrome de Down e Deficiência Intelectual, trazendo à tona memórias e discursos de vida dessas participantes-colaboradoras, no sentido de compreender as percepções vivenciadas ao se depararem com o filho com deficiência, uma perspectiva sócio-histórico. Visa também evidenciar o processo de empoderamento dessas mulheres e demonstrar a relevância de seu papel nessa relação afetiva, que contribui para a construção do processo educativo de seus filhos, fazendo com que, por meio do conceito de mediação, apropriem-se da aprendizagem com autonomia e desenvolvam atividades de vida diária, tanto na escola quanto nos diferentes espaços sociais que frequentam. A análise dos dados apresentados evidencia que as mães idealizam o filho perfeito, porém, ao vê-lo nascer com deficiência, e não ser o que esperavam, assumem um estado de contemplação e sensibilidade à dor da criança que traz consigo algumas limitações. Entretanto, em meio à difícil constatação, essas mulheres desenvolvem pensamentos e atitudes de empoderamento para cuidar dos filhos, o que as torna exigentes para acompanhar seus processos de escolarização e desenvolvimento da aprendizagem. Em um segundo momento, fortalecem-se por meio do conhecimento e da convivência com outras mães e até mesmo junto às instituições sociais e escolares. Também, passam a compreender que o filho necessita de possibilidades, oportunidades e instrumentos para que possa estabelecer a autonomia e desenvolver sua aprendizagem, em contexto de escolarização, de forma equilibrada e com bom aproveitamento.
Referências
AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION – AMMR. Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BEGOSSI, Janaina. O luto do filho perfeito: um estudo sobre os sentimentos vivenciados por mães com filhos portadores de paralisia cerebral. Campo Grande, 2003.
BRASIL, Resolução CNE/CEB 4/2009. Diário Oficial da União, Brasília, 5 de outubro de 2009, Seção 1, p. 17.
BRUNETTO, Deuner Carla Andréa. Os labirintos da imagem – Quem é o deficiente para aquele que o educa? Campo Grande, 1999.
GHARGET, Francine Cristine; MEDEIROS, José Gonçalves; NUERNBERG, Adriano Henrique. Breve história da Deficiência Intelectual. Revista Eletrônica de Investigacion e Docência, Jaén, p.101-116, jul. 2013.
MATO GROSSO DO SUL, Resolução/SED n. 2.506, de 28 de dezembro de 2011. Diário Oficial n. 8.099, de 29 de dezembro de 2011, página 17 e 18.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento - um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio histórico 4. ed. São Paulo: Scipione, 2002.
PESSOTTI, I. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: T.A. Queiroz, 1984.
SANTOS, Vanessa Nicolau Freitas dos; BATISTA, Maria Thaís de Oliveira. Autismo, Educação e Afetividade: um diálogo a partir das contribuições de Vygotsky, Wallon e Bowlby in: III CONEDU Congresso Nacional de Educação, 2016, Natal. Artigo. Universidade Federal de Pernambuco: Autismo, EducaÇÃo e Afetividade: Um DiÁlogo A Partir das ContribuiÇÕes de Vygotsky, Wallon e Bowlby, 2016. p. 01 - 13.
SCHWARTZMAN, José Salomão.; LEDERMAN, Vivian Renne Gerber. Deficiência Intelectual: causas e importância do diagnóstico e intervenção precoces. Revista do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Ibict, v. 10, n, 2. 2017. Disponível em: revista.ibict.br/inclusao/article/view/4028.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.Tradução: Mônica Stahel M. da Silva.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à (REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).