O PENSAMENTO DECOLONIAL NO ENFRENTAMENTO DO RACISMO:
Por uma educação intercultural, justa e igualitária
Visualizações: 760DOI:
https://doi.org/10.61389/rbecl.v5i10.6337Palavras-chave:
Pensamento decolonial. Racismo. Educação antirracista.Resumo
O pensamento decolonial surgiu como uma referência de compreensão do mundo e de suas complexidades, através de uma reflexão e de um diálogo críticos em contraposição à ideologia eurocêntrica implantada na sociedade. Nessa perspectiva, este artigo tem por objetivo discutir a importância do pensamento decolonial no enfrentamento do racismo, o processo de historicidade que fundamenta tal prática, sua presença no ambiente escolar, a implementação de leis que deram subsídios para o desenvolvimento de ações e práticas antirracistas na escola. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que se embasou em várias literaturas que tratavam da temática, buscando assim explicitar todo o contexto sociocultural que permeia as relações desenvolvidas na sociedade em torno da situação do racismo e das marcas deixadas por estes atos na vida daqueles que sofreram com esta prática cruel. O estudo conclui que há a necessidade de desenvolver uma educação antirracista onde a escola seja o território para o desenvolvimento de práticas pedagógicas voltadas para a construção de novas identidades, num processo de diálogo entre alunos, professores e toda a comunidade escolar.
Referências
ARROYO, Miguel Gonzales. Outros sujeitos, outras pedagogias. 2ª ed. Petrópolis–RJ: Vozes, 2014.
BERND, Zilá. Racismo e anti-racismo. São Paulo: Moderna, 1994.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 45ª ed. Brasília. DF: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
________. Lei nº 10.639/2003 de 09 de janeiro de 2003. Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil-03 LEIS/2003 L10.639.htm. Acesso em: 14 de abr.2020.
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬________. Lei n° 11.645/2008, de 10 de março de 2008. Disponível em:https://www.planalto.gov.br.ccivil_03/_ato2007-2010/2008lei/l11645.htm.Acesso em: 15 de abr.2020.
________. Parecer 03/2004 do Conselho Pleno Nacional de Educação. Brasília: MEC, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnep-003.pdf. Acesso em 31 de mai. 2020.
CAVALLEIRO, Eliane. Educação anti-racista: compromisso indispensável para um mundo melhor. In: __________. Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo; Selo Negro, 2001.
FIGUEIREDO, Ângela. Descolonização do conhecimento no século XXI. In: SANTIAGO, Ana Rita... [ET AL]. Descolonização do conhecimento no contexto Afro-brasileiro. Cruz das Almas/BA: UFRB, 2017, p. 79-106.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES. Nilma Lino. Educação e relações raciais: refletindo sobre algumas estratégias de atuação. In: MUNANGA. Kabengele (Org.). Superando o racismo na escola. 2ª ed. Revisada. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2005, p. 143 – 154.
MALDONADO–TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO–GOMES, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para uma diversidade epistémica más alládel capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, 2007, p. 127 – 167.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MOTA NETO, João Colares. Por uma Pedagogia Decolonial na América Latina: reflexões em torno do pensamento de Paulo Freire e Orlando Fals Borda. Curitiba: CRV, 2016.
MOURA, Glória. O direito à diferença. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o racismo na escola. 2ª ed. Revisada. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2005, p. 69 – 82.
MUNANGA, Kabengele. Raízes científicas no mito do negro e do racismo ocidental. Temas IMESC, Soc. Dir. Saúde, São Paulo, 1984.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Eduardo (Org.). A colonialidade do saber: eucentrismo e Ciências Sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005 b. p. 107 – 130.
ROSEMBERG, Fúlvia. Literatura infantil e ideologia. São Paulo: Global Editora, 1985.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprendizagem e ensino das africanidades brasileiras. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o racismo na escola. 2ª ed. Revisada. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2005, p. 155 – 172.
WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, ressurgir e reviver. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2009, p. 12 – 42.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à (REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).