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Aprendizagens de estudantes de Pedagogia em tempos de pandemia
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https://doi.org/10.61389/rbecl.v6i11.6696Mots-clés :
Educação Infantil. Formação de professoras. Projeto UEMS para Crianças.Résumé
O artigo tem como objetivo dar visibilidade ao trabalho efetivado por estudantes de Pedagogia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Dourados, quando utilizaram como ferramenta o ambiente virtual em formato remoto, bem como propiciar a reflexão teórica sobre o contexto vivenciado, relatando fragmentos dessa trajetória. Ele apresenta a discussão de algumas aprendizagens construídas pelas estudantes ao enfrentarem uma crise pandêmica inimaginada, cujas proporções podem ser comparadas a uma situação de guerra pela sua capacidade de colocar o mundo ‘fora do lugar’. Fundamentado na teoria Histórico-cultural, a discussão traz como metodologia a análise de fragmentos dos relatórios escritos pelo coletivo UEMS para Crianças, vinculado a um projeto de extensão da instituição, cujos documentos registram memórias dos encontros brincantes virtuais realizados com as crianças (2020-2021). Os resultados apontam que as atividades propiciaram às crianças se expressassem e experenciarem vivências ligadas à literatura, à música e ao movimento e de compartilharem práticas coletivas em um momento tão difícil de isolamento social. As estudantes de Pedagogia transformaram-se em uma ponte que aproximou instituições e famílias, pois, para a grande maioria das creches e pré-escolas envolvidas, o momento promovido pela UEMS foi o único contato síncrono das crianças entre si e delas com a professora. Conclui-se que as estudantes foram envolvidas em ações que se constituíram em encontros a favor da vida, repletos de interações que não seriam possíveis pelo encaminhamento às crianças de atividades impressas. As propostas geraram aprendizagens para quando elas atuarem como professoras no momento presencial. Assim, entre outras, aprenderam, de forma desafiadora, a exercitarem a escuta das crianças nas suas múltiplas formas de expressão, a pensarem a organização do espaço ‘da janela’ e da vivência desenvolvida para que pudessem ampliar o repertório das crianças, o que contribuiu para entenderem o que significa colocar a criança como centro do processo. Para as estudantes, a experiência revelou-se permeada de contradições, as quais foram enfrentadas, com consciência, diante dos problemas aos quais o mundo foi exposto.
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