IDENTIDADES: TRÂNSITO DIASPÓRICO E A AFRICANIDADE

Visualizações: 37

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.61389/rbecl.v10i16.8518

Mots-clés :

Identidades, Africanidades, Modernidade, Culturas

Résumé

Este artigo constitui um pequeno recorte da tese intitulada “Name nala em diáspora: a presença senegalesa em Campo Grande, Mato Grosso do Sul”, defendida em fevereiro de 2023 no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Católica Dom Bosco. Esta parte é um apanhado teórico produzido ao observar a construção identitária dos colaboradores da pesquisa, os senegaleses. São seres humanos fluidos, cosmopolitas, viajantes, plenos de ancestralidade e também pós-modernos, sobreviventes ao sistema capitalista neoliberal, poliglotas, dentre outras características, e, a partir delas, vão se relacionando com a comunidade campo-grandense. Para analisar as identidades mencionadas, utilizo autores pós-coloniais, pós-críticos e dos estudos culturais, que contribuem na discussão descolonial, da diferença e das epistemologias outras, de fronteira, bem como fazem críticas à identidade nacional e pensam os processos de afirmação de identidades interétnicas, multilíngues e politicamente deslocadas, porque em trânsito, de diversos povos que migram pelo planeta.

Biographie de l'auteur

Silvana Colombelli Parra Sanches, IFMS - Campus Nova Andradina

Doutorado em educação (UCDB); Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) – Brasil; GERDE - Grupo de estudos raciais, diversidade e educação.

Références

BAUMAN, Zygmunt. Identidade - Entrevista a Benedetto Vecchi. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e holocausto. Tradução de Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BRIGNOL, Liliane Dutra; COSTA, Nathália Drey. Diáspora senegalesa e mediação tecnológica: entre tempos e lugares na observação de Magal de Touba. Contracampo. Niterói, v. 37, n. 1, abr/2018-jul/2018, p. 9-29, 2018.

CARDOSO, Lourenço. Branquitude acrítica e crítica: A supremacia racial e o branco anti-racista. Rev.latinoam.cienc.soc.niñez juv, Manizales, v. 8, n. 1, p. 607-630, Jan/2010.

CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. Consciência em debate. São Paulo: Selo Negro, 3ª reimpressão, 2011.

CHRISTIAN, Mark. Conexões da diáspora africana: uma resposta aos críticos da afrocentricidade. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org.) Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, Sankofa 4, 2009, p. 147-165.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol. 4. Tradução de Suely Rolnik. Coleção TRANS, 2ªed., São Paulo: Editora 34, 2012.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

GILROY, Paul. O Atlântico negro. Tradução de Cid Knipel Moreira. 2ª ed., 2012, São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2ª reimpressão, 2019.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.) Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010, p. 455-491.

GROSFOGUEL, Ramón. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentalizada. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Coleção Cultura Negra e Identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 55-77, 2020.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 11ª ed., Rio de janeiro: DP&A, 2006.

__________. Da diáspora: identidades e mediações culturais. SOVIK, Liv. (Org.) Tradução de Adelaine La Guardia Resende et al., 2ªed., Belo Horizonte: Editora UFMG, Humanitas, 2013.

__________. Quem precisa de identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.) Identidade e diferença. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 103-133.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Coleção Cultura Negra e Identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 27-53.

MAMA, Amina. Será ético estudar a África? Considerações preliminares sobre pesquisa acadêmica e liberdade. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.) Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010, p. 603-637.

MARASCHIN, Cleci; RANIERE, Édio. Bricolar. In: FONSECA, Tania Mara Galli; NASCIMENTO, Maria Lívia do, MARASCHIN, Cleci. (Orgs.) Pesquisar na Diferença: um abecedário. Editora Sulina, 2012, p. 39-42.

MIGNOLO, Walter D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 94, jun/2017, p. 1-18.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 5ªed; 2ªreimpressão; Belo Horizonte: Autêntica, Coleção Cultura Negra e Identidades, 2020.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Editora Jandaira. Coleção Feminismos Plurais, 2020.

SANCHES, Silvana Colombelli Parra.; NASCIMENTO, Adir Casaro. Teorizar o conhecimento: um percurso no campo da educação. Quaestio - Revista de Estudos em Educação, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 293–308, 2020. DOI: 10.22483/2177-5796.2020v22n1p293-308. Disponível em: http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/quaestio/article/view/3816. Acesso em: 19 maio. 2021.

SILVÉRIO, Valter Roberto. Quem negro foi e quem negro é? Anotações para uma sociologia política transnacional negra. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Coleção Cultura Negra e Identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 269-284.

Téléchargements

Publiée

2024-10-14

Comment citer

Sanches, S. . C. P. (2024). IDENTIDADES: TRÂNSITO DIASPÓRICO E A AFRICANIDADE. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 10(16), 206–220. https://doi.org/10.61389/rbecl.v10i16.8518