Obstáculos (epistemológicos) e o ensino de ciências e matemática

Visualizações: 1752

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v8i23.1603

Palavras-chave:

Didática das Ciências. Didática da Matemática, Epistemologia, Ensino.

Resumo

Este artigo consubstancia uma pesquisa bibliográfica centrada num interesse científico do entendimento de alguns pressupostos fundantes da vertente nominada Didática das Ciências e Matemática, tendo como escopo a identificação/demarcação de um conjunto de elementos que concorrem para o entendimento da noção de obstáculos epistemológicos. Dessa forma, o trabalho busca apontar alguns aspectos que, costumeiramente são registrados no âmbito da investigação e produção do conhecimento, mas, que, se refletem também no contexto do ensino de Ciências e Matemática. Assim, o trabalho assinala a perspectiva sui generis introduzida por Gaston Barchelard, originalmente na Fisica e que repercutiu para outras áreas das Ciências. Por fim, busca indicar elementos primordiais e imprescindíveis para uma ação sistemática eficiente no contexto do ensino de Ciências e Matemática, na medida em que aponta elementos entraves que concorrem para o universo de ação do estudante e do professor. 

Biografia do Autor

Francisco Regis Vieira Alves, IFCE

FISICA

Mairton Romeu Cavalcante, IFCE

IFCE

Referências

ALVES, Francisco. R. V. (2016). Didática da Matemática: seus pressupostos de ordem epistemológica, metodológica e cognitiva. Interfaces da Educação, v. 7, nº 21. 131 – 150.

ALVES, Francisco. R. V et all (2017). Didática das ciências e matemáticas: alguns pressuppostos. Interfaces da Educação, v. 8, nº 22. 13 – 25.

ASTOLFI, Jean-Pierre & DEVELAY, Michel. (1990). A didática das ciências. Tradução Magda S. S. Fonseca. Campinas, SP: Papirus.

ASTOLFI, Jean-Pierre. (1990). Les concepts de la Didactique des Sciences, des oultils pour lire et construir les situations d´apprentissage. Recherche et Formation, v. 8, nº 8, October, 19 – 31.

ASTOLFI, Jean-Pierre. & PETERFALVI, Brighitte. (1993). Obstacles et construction des situations didactiques en Science experimentale. Modèle Pedagogique. v 6, nº 16

BRAKEL, Jaap, V. (2014). Philosophy of Science and Philosophy of Chemistry. HYLE – International Journal for Philosophy of Chemistry, v. 20, nº 4, 11-57.

BROUSSEAU, G. (1986). Théorisation des phénomènes d´enseignement des Mathématiques (these de doctorat). Bourdeaux: Université Bourdeaux I, 905f.

BROUSSEAU, G. (1976). Les obstacles ´epist´emologiques et les probl`emes en math´ematiques. Comptes rendus de la XXVIIIe rencontre organis´ee par la Commission Internationale pour l’Etude et l’Am´elioration de l’Enseignement des Math´ematiques, 101 – 117.

CHEVALLARD. Y. (1991). La Transposition didactique. Paris: La Pensée Sauvage Édition.

JOSHUA, Samuel. & DUPIN, Jean-Jacques. (1993). Introduction à la Didactiques des Sciences et des Mathématiques. Paris: Presses Universitaires de France.

FISCHBEIN, Efrain. (1987). Intuition in Science and Mathematics. London: London Academic Publishers.

FIUZA, Edite M. Penha F. (2010). Papel do contexto de aprendizagem na resolução de problemas em ciência. Universidade de Lisboa, Portugal, 390f.

Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3044/3/ulsd060181_td_Capas_resumos.pdf

Acessado em: 02/02/2017.

HIROFUMI, Ochiai. (2013). The Logical Structure of Organic Chemistry and the Empirical Adequacy of the Classical Concept of the Molecule. HYLE – International Journal for Philosophy of Chemistry, v. 19, nº 2, 139-160.

JOSHUA, Samuel. & DUPIN, Jean-Jacques. (1993). Introduction à la Didactiques des Sciences et des Mathématiques. Paris: Presses Universitaires de France.

ISODA, Masami. Et all. (2007). Japanese Lesson study in Mathematics: it´s impact, Diversity and Potential for Educational Improvement. New Jersey: Word Scientific.

LÔBO, Soraia. F. (2007). O ensino de Química e a formação do Educador químico, sob o olhar bacherlardiano. Revista Ciência e Educação, v. 14, nº 1, 89 – 100.

KISS, Olga. (2006). Heuristic, Methodology or Logic of Discovery? Lakatos on Patterns of Thinking. Perspectives on Science, 2006, v. 14, no. 3, 302 – 317.

LASZLO, Pierr. (2014). Chemistry, Knowledge Through Actions?. HYLE – International Journal for Philosophy of Chemistry, v. 20, nº 4, 93-119.

MORTIMER, E. F. (1997). Para além das fronteiras da química: relações entre filosofia, psicologia e ensino de química. Química Nova, v. 20, nº 2, 200 – 207.

NARDI, Roberto. & ALMEIDA, Maria J. Pereira M. (2004). Formação da área de ensino de ciências: memórias de pesquisadores no Brasil. II Encontro Iberoamericano sobre Investigação Básica em Educação em Ciências, Burgos, Espanha, setembro, 1 – 12.

NARDI, Roberto. (2005). A área de ensino de ciências no brasil: fatores que determinaram sua constituição e suas características segundo pesquisadores brasileiros. Universidade Estadual Paulista. Baurú. (tese de livre docência). 170f.

NARDI, Roberto. (2009). Ensino de Ciências e Matemática I: temas sobre a formação de professores. São Paulo: UNESP editora.

NARDI, R. & ALMEIDA, M. J. P. M. (2004). Formação da área de ensino de ciências: memórias de pesquisadores no Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Porto Alegre, v. 4, n. 11, 90-100.

NARDI, R. (Org.). (2007). A pesquisa em ensino de ciências no Brasil: alguns recortes. São Paulo: Escrituras.

PIAGET, Jean. (1978). Introduccion a la epistemologia genética. Buenos Aires: PAIDOS.

RIBEIRO, Marcos. A. P. (2014). Integração da filosofia da química no currículo de formação inicial de professores. contributos para uma filosofia do ensino. (tese de doutorado). Universidade de Lisboa, Portugal, 390f.

Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3044/3/ulsd060181_td_Capas_resumos.pdf

Acessado em: 02/02/2017.

ROGER, Lucie. (2014). The Pedagogical Philosophy of Bachelard. Antistasis, v. 4, nº 2, 34 – 37.

Disponível em: https://journals.lib.unb.ca/index.php/antistasis/article/view/22311/25910

Acessado em: 02/02/2017.

SHUMMER, Joachim. (2006). The Philosophy of Chemistry From Infancy Toward Maturity. 19 – 39. In: BAIRD, Davis.; Scerri, E. & MCINTYRE, Lee. (2006). Philosophy of Chemistry: Synthesis of a New Discipline, v. 242, Boston Studies in the Phylosophy of Science, Boston: Springer.

TEIXEIRA, E. S; GRECA, I. M. & FREIRE, Jr. O. (2012). The History and Philosophy of Science in Physics Teaching: A Research Synthesis of Didactic Interventions, Science and Education, v. 21, nº 1, 771 – 796.

VOLLMER, S. H. (2006). Space in Molecular representations or how pictures can represent objects. 293 – 3009. In: BAIRD, Davis.; Scerri, E. & MCINTYRE, Lee. (2006). Philosophy of Chemistry: Synthesis of a New Discipline, v. 242, Boston Studies in the Phylosophy of Science, Boston: Springer.

Downloads

Publicado

20-09-2017

Como Citar

Alves, F. R. V., & Cavalcante, M. R. (2017). Obstáculos (epistemológicos) e o ensino de ciências e matemática. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 8(23), 253–274. https://doi.org/10.26514/inter.v8i23.1603