Educação do campo: concepção, fundamentos e desafios
Visualizações: 3778DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v9i26.2681Palavras-chave:
Educação, Educação do Campo, Inclusão.Resumo
O campo é um espaço particular de cultura, política, identidade, história e de existência social. Essas características motivaram, a partir de 1997, o início de um movimento mais amplo em favor da “Educação do Campo” preocupada com a definição de princípios da educação abrangente como expressão da população campesina, com a formação do homem e também da valorização do espaço, tempo e do currículo. O papel da educação é fomentar reflexões e produção de saberes buscando demonstrar para os alunos, pais, professores, pedagogos e demais funcionários a essência pedagógica e específica da Educação do Campo. O projeto de Intervenção Pedagógica foi desenvolvido em um colégio localizado em um distrito de um município do norte do Paraná. A proposta foi desenvolvida por meio de realização de palestras explicativas, visionamento de filmes (exposição de recursos audiovisuais) e debates e atingiu o objetivo proposto na medida que abordou o tema de modo claro e simples a cada um dos segmentos envolvidos. As atividades subsidiaram momentos de reflexão sobre políticas públicas, diretrizes curriculares e a regulamentação da proposta da Educação do Campo voltada para inclusão e reconhecimento da identidade da população campesina como cidadãos no processo educacional. Destarte, contribuiu para que os envolvidos tivessem maior clareza em relação ao que é a escola do campo, bem como seu comprometimento com as necessidades e valorização da cultura campesina e sua dimensão educativa, reconhecendo a pluralidade como fonte de conhecimentos.
Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2 ed. Ver. E atual, São Paulo: Moderna, 1996.
BATISTA, Maria do Socorro Xavier. Os movimentos sociais cultivando uma educação popular do campo. Reunião anual da ANPEd, 29, Caxambu, 2006.
BRASIL, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo – Resolução CNE/CEB nº1 de 03 de abril de 2002 – Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD).
BRASIL, Programa Nacional de Educação do Campo - PRONACAMPO - Documento Orientador. Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão/SECADI Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais/DPECIRER. Coordenação Geral de Políticas de Educação do Campo/CGPEC, 2013.
BRASIL, Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília 1996. Disponível em <http://planalto.gov.br>. Acesso em 28/05/ 2013.
CHIZZOTI, Antônio. A Constituinte de 1823 e a Educação. In FÁVERO, Osmar. A Educação nas constituintes brasileiras 1823-1988. Campinas, SP: Autores
Associados, 2001.
FAUSTO, B. História geral da civilização brasileira, vol.11. São Paulo, Difel, 1986.
FERNANDES, B. M.; MOLINA, M. C. & JESUS, S. M. S. A. (org.). Contribuições para a construção de um projeto de educação do Campo – Brasília, DF: Articulação Nacional Por uma Educação Básica do Campo, 2004. Coleção Por uma Educação Básica do Campo, n° 5.
FERNANDES, B. M.; MOLINA, M. C. O campo da Educação do campo. Mimeo, 2005.
FRANCISCO FILHO, Geraldo. A educação brasileira no contexto histórico. Campinas, SP: Alínea, 2001.
GARCIA. R. M. C.. Políticas públicas de inclusão: uma análise no campo da educação especial brasileira. 2004. Tese (Doutorado em Educação). UFSC. Florianópolis, 2004.
GHIRALDELLI JR, Paulo. História da educação brasileira. São Paulo: Cortez, 2005.
HAGE, S. M. (org.). Educação do campo na Amazônia: retratos de realidade das escolas multisseriadas no Pará. Belém: Gráfica e Editora Gutemberg Ltda., 2005.
HANSEN J. A. Ratio Studiorum e a política católica ibérica no século XVII. In VIDAL, D; HILSDORF, M.L. Tópicos em história da educação. São Paulo: EDUSP, 2001.
LEITE, S. C. Escola Rural: Urbanizações e políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1999.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Integração x Inclusão: Escola (de qualidade) para Todos. Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Educação Departamento de Metodologia de Ensino Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade - LEPED/UNICAMP, 1993.
MEDEIROS, Lucineide Barros; SOUSA, Juliana Kelle Alves de; MESQUITA, Maria Alves de. Educação Rural e Educação do Campo: Interrogações à Universidade. Disponível em http://www.uespi.br/prop/XSIMPOSIO /TRABALHOS/ PRODUCAO/ CIENCIAS20 DA%20EDUCACAO/EDUCACAO%20RURAL%20E%20 EDUCACAO %20DO%20CAMPO-INTERROGACOES%20A%20 UNIVERSIDADE.pdf. Acesso em 20/05/2013.
MORIGI, Valer. A escola do MST: uma utopia em construção. Porto Alegre: Mediação, 2003.
NAGLE, Jorge. Educação e Sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU; Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Material Escolar, 1974.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação Diretrizes Curriculares Da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
PROCAMPO. Programa implementará educação do campo e atenderá 76 mil escolas. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content &view=article&id=17608:programa-implementara-educacao-do-campo-e-atendera-76-mil-escolas&catid=208> Acesso em 16/09/2017.
RIBEIRO, Maria Luisa Santos. Introdução da História da Educação Brasileira - a organização escolar. 18. ed. São Paulo: Autores Associados, 2003.
ROCHA, Eliene Novaes; PASSOS, Joana Célia dos; CARVALHO, Raquel Alves de. Educação do Campo: Um olhar panorâmico. < Disponível em HTTP://educampo
paraense.locasite.com.br/arquivo/pdf/18Texto_Base_Educacao_do_Campo.pdf>. Acesso em 18/08/2013.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
SANTOS, Ramofly Bicalho dos. Histórico da educação do campo no Brasil: Educação do Campo, Trabalho e Movimentos Sociais. http://educampo.ufsc.br/wordpress/seminario/files/2012/01/Bicalho-dos-Santospdf> Acesso em 23/05/2013.
SOUZA, M. A. Educação do campo: propostas e práticas pedagógicas desenvolvidas no MST. Petrópolis: Vozes, 2006.
VIEIRA, Liszt. Os argonautas da cidadania. Rio de Janeiro: Editora Record, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.