Possibilidades de atividades de matemática para estudantes na condição de surdocegueira

Visualizações: 971

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.4155

Palavras-chave:

Educação, Ensino, Surdocegueira, Matemática, Ischango

Resumo

Esta produção expõe como tema geral a educação inclusiva, abordando possibilidades do ensino de matemática para estudantes na condição de surdocegueira embasado em momentos da história da matemática. Tendo como questão de pesquisa: Como elaborar atividades que possam ser atraentes ao aprendizado de Matemática por estudantes na condição de surdocegueira? Objetivamos analisar inerências às necessidades educacionais da pessoa com surdocegueira e reconhecer situações da história da matemática que possam ser-lhes atraentes, gerando proposta de atividade que auxiliem o professor, caso  encontre-se com estudantes nessas condições. Para tal intento em nosso método, focamos uma abordagem de cunho bibliográfico e qualitativa com apontamentos de obras da educação de  pessoas com surdocegueira, e obras da história da matemática que relatassem situações potencializadoras ao ensino de matemática para pessoas com surdocegueira. Assim, o referencial teórico desta pesquisa contemplou autores da educação matemática e da educação inclusiva. O estudo aponta como principais conclusões que há elementos na história da matemática que tem como base objetos tangíveis que assemelham-se às necessidades dos estudantes surdocegos em relação ao entendimento pelo toque, sendo possíveis de exequibilidade no ambiente educacional. Além disso é exposta uma atividade adaptada que pode ser aplicada com estudantes com surdocegueira de variada faixa etária.

Biografia do Autor

Felipe Moraes dos Santos, Universidade Federal do Pará

Mestre em Educação Ciências e Matemáticas, pelo Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) - 2019, Especialista em Educação Especial na Perspectiva da Inclusão, pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ) - 2019. Graduado em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do Pará (UFPa) - 2017. Possui experiência em tecnologias assistiva para pessoas com deficiência visual. surdocegueira, e educação matemática. Membro integrante do grupo Ruaké (Pesquisa em Educação Matemática e Científica) do Instituto de Educação Matemática e Científica da Universidade Federal do Pará, onde desenvolve atividades acadêmicas desde 03 de Março de 2014, é membro do grupo de Didática da Matemática (GEDIM) da Universidade Federal do Pará.

Elielson Ribeiro de Sales, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (1996), mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (2008) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (2013). Atualmente é professor Adjunto II da Universidade Federal do Pará no Curso Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM), vice-coordenador do Programa de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática (PPGECEM), oferecido pela Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC) polo UFPA, coordenador do Grupo Ruaké (Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências, Matemáticas e Inclusão), membro fundador do GT13 - Diferença, Inclusão e Educação Matemática da Sociedade Brasileira de Educação Matemática e Consultor ad hoc da CAPES. Atua na área de Ensino, com ênfase em Educação em Ciências e Matemática nos seguintes temas: Ensino e aprendizagem de ciências e matemática para pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Referências

AUSUBEL, D. P. Adquisición y retención del conocimiento: Uma perspectiva cognitiva. Barcelona, 2002.

BARROS, J. D. Os conceitos: seus usos nas ciencias humanas.Petropolis, RJ. Editora Vozes. 2016

BEVILACQUA, Maria Cecília. Conceitos básicos sobre a audição e deficiência auditiva. Bauru. 1998

BRASIL, Lei nº 10.436 Língua Brasileira de Sinais. Brasília 2002

BRASIL, Lei nº 13.146 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Brasília 2015

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1998

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em: 1 jan. 2017

Bourbaki, Nicolas (1939 - ) Éléments de mathématique, 10 vols., Paris : Hermann

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 2001

CONDE, A. J. M. Definição de cegueira e baixa visão. Rio de Janeiro 2016

CÓRDOVA, F. P. A pesquisa científica. In: GERHARDDT, T. E. e SILVEIRA, D. T. (org.). Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora de UFRGS, 2009.

EVES. H. An Introduction to the History of Mathematics . 1990

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

GALVÃO, D,L. Estado da arte em ensino de matemática para estudantes com deficiência sensorial. Disponível em https://proceedings.galoa.com.br/cbee7/trabalhos/pesquisa-em-ensino-de-matematica-estado-da-arte-em download?lang=pt-br. Acesso em: 03/10/2017

GRUPO BRASIL .Nova definição de surdocegueira. São Paulo. 2018

GRUPO BRASIL. Surdocego pós linguístico, série surdocegueira e deficiência múltipla

sensorial. São Paulo. 2005

GRUPO BRASIL. Um guia para instrutores mediadores. São Paulo, 2008

IFRAH, G. Os Números a história de uma grande invenção. 1959

MAIA, Shirley Rodrigues; Surdocegueira e Deficiência Múltipla Sensorial: sugestões de recursos acessíveis e estratégias de ensino. São Paulo. 2010

MARIEB, E Anatomia e fisiologia humana . 7a ed. . Pearson Benjamin Cummings, São Francisco. 2007

MENDES, I.A. FOSSA, J.A; VALDÉS, J.E.N. A His´toria como um agente de cognição na educação Matemática. Porto alegre. Sulina, 2006.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis. 2001

MORAES, M. E. L. A leitura tátil e os efeitos da desbrailização em aulas de matemática. Pará. 2016

NASCIMENTO, F. A. A. A.; COSTA, M. P. R. da. A prática educacional com crianças surdocegas, Temas em Psicologia, v. 11, n. 2. São Paulo. 2003

NICHOLAS, J. From active touch to tactile communication what’s tactile cognition got to do with it? The Danish Resource Centre on Congenital Deafblindness, 2010

PETERSEN, M. I. Avaliação e Criação de Planos Individuais para Alunos com Surdocegueira. São Paulo, 2011

POSSANI, Notas de aula de História da Matemática, 2019

SILVA. A.S. Matemática na Educação Infantil. Ed UFPA, 2006

THE NEW Encyclopaedia Britannica. Chicago. 2012

WHO. World Health Organization escalas de surdez. United States. 2014

Депман, И. Я. История арифметики.. : Просвещение, 1965

Downloads

Publicado

17-08-2020

Como Citar

Santos, F. M. dos, & Sales, E. R. de. (2020). Possibilidades de atividades de matemática para estudantes na condição de surdocegueira. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(31), 650–674. https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.4155

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)