Sinais comportamentais precoces no contexto da pesquisa e da clínica infantil em um caso de suspeita de transtorno psicótico
Visualizações: 1040DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.4212Palavras-chave:
Transtornos mentais, Intervenção precoce, Pródromo, InfânciaResumo
: A maioria dos adultos com transtorno psiquiátrico atendeu primeiro aos critérios de diagnóstico durante a infância e / ou a adolescência, mas padrões de previsão homotípicos e heterotípicos específicos e mesmo os sintomas prôdromicos não foram firmemente estabelecidos devido a ausência de informações pregressas bem fundamentadas e organizadas de forma sistemática para os acompanhamentos posteriores. Nessa perspectiva, a observação de um profissional se faz essencial, lançando mão de recursos e protocolos importantes, principalmente na etapa do desenvolvimento infantil. O objetivo do presente texto foi relatar os sintomas comportamentais precoce de um caso de suspeita de transtorno psicótico na infância. No caso são descritos os comportamentos precoces no contexto clínico, na escola e no ambiente familiar de um menino de cinco anos e seis meses de idade cursando a pré-escola de uma instituição privada de uma cidade do interior do Estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de observação direta com roteiro pré-estabelecido pela profissional e utilizado com a família e escola os instrumentos CBCL (6-18) e o EACI-P. Pode-se observar que os comportamentos indicados pelos contextos (clinico, família e escola) direcionam para um perfil clínico com características que compõem um quadro de transtorno psicótico, sendo importante esses apontamentos para auxiliar a área psiquiátrica na conduta diagnóstica.
Referências
ACHENBACH, T. M. ASEBA: Achenbach system of empirically based assessment. http://www. aseba. org/, 2010.
ADDINGTON, Jean et al. Predictors of Transition to Psychosis in Individuals at Clinical High Risk. Current psychiatry reports, v. 21, n. 6, p. 39, 2019.
ALBINO, Araceli et al. Análise em grupo com pacientes psicóticos: a experiência do “grupo vida”. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, v. 8, n. 1, 2020.
BORA, E. Neurodevelopmental origin of cognitive impairment in schizophrenia. Psychological Medicine, v. 45, n. 1, p. 1-9, 2015.
BORA, Emre; MURRAY, Robin M. Meta-analysis of cognitive deficits in ultra-high risk to psychosis and first-episode psychosis: do the cognitive deficits progress over, or after, the onset of psychosis? Schizophrenia bulletin, v. 40, n. 4, p. 744-755, 2013.
BRITO, G. N. O. EACI-P. Escala de avaliação do comportamento infantil para o professor: manual. São Paulo: Vetor, 2007.
CONDRAY, Ruth et al. Automatic activation of the semantic network in schizophrenia: evidence from event-related brain potentials. Biological Psychiatry, v. 54, n. 11, p. 1134-1148, 2003.
CONDRAY, Ruth et al. The language system in schizophrenia: Effects of capacity and linguistic structure. Schizophrenia Bulletin, v. 28, n. 3, p. 475-490, 2002.
CONDRAY, Ruth; GLASGOW, Angela G. The relationship between membrane pathology and language disorder in schizophrenia. Prostaglandins, leukotrienes and essential fatty acids, v. 69, n. 6, p. 449-460, 2003. (a)
CONDRAY, Ruth; STEINHAUER, Stuart R. Mechanisms of disrupted language comprehension in schizophrenia. Behavioral and Brain Sciences, v. 26, n. 1, p. 87-88, 2003. (b)
COPELAND, William E. et al. Childhood and adolescent psychiatric disorders as predictors of young adult disorders. Archives of general psychiatry, v. 66, n. 7, p. 764-772, 2009.
COSTA, D. S.; MALLOY-DINIZ, L. F.; MIRANDA, D. M. Genética e desenvolvimento humano. IN: MIRANDA, D. M.; MALLOY-DINIZ, L. F. O pré-escolar. São Paulo: Hogrefe, 2018.
DIAS, N. M.; SEABRA, A. G. (Org.) Neuropsicologia com pré-escolares: avaliação e intervenção. São Paulo: Pearson, 2018.
DICKSON, Hannah et al. Trajectories of cognitive development during adolescence among youth at‐risk for schizophrenia. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 59, n. 11, p. 1215-1224, 2018.
DRIVER, David I. et al. Childhood-Onset Schizophrenia and Early-onset Schizophrenia Spectrum Disorders: An Update. Child and Adolescent Psychiatric Clinics, v. 29, n. 1, p. 71-90, 2020.
GOULDING, Sandra M. et al. The prodrome and clinical risk for psychotic disorders. Child and Adolescent Psychiatric Clinics, v. 22, n. 4, p. 557-567, 2013.
KARAYIORGOU, Maria; SIMON, Tony J.; GOGOS, Joseph A. 22q11. 2 microdeletions: linking DNA structural variation to brain dysfunction and schizophrenia. Nature Reviews Neuroscience, v. 11, n. 6, p. 402, 2010.
LARSON, Molly K.; WALKER, Elaine F.; COMPTON, Michael T. Early signs, diagnosis and therapeutics of the prodromal phase of schizophrenia and related psychotic disorders. Expert review of neurotherapeutics, v. 10, n. 8, p. 1347-1359, 2010.
M.F. Green, K.H. Nuechterlein, J. Mintz, Backward masking in schizophrenia and mania: II. Specifying the visual channels, Arch. Gen. Psychiatry 51: 1994, 945–951.
MACCOBY, Eleanor E. Parenting and its effects on children: On reading and misreading behavior genetics. Annual review of psychology, v. 51, n. 1, p. 1-27, 2000.
MALDONADO, M. G et. al. Esquizofrenia paranoide. In: MONTORO, M.; SERRANO, J. B.; MOSQUERA, M. T. (org) Neuropsicologia através de casos clínicos. Pindamonhangaba: Coletivo Editorial – CEPSIC, 2018.
BUTLER, P.; SCHECHTER, I.; ZEMON, V. et al., Dysfunction of early stage visual processing in schizophrenia, Am. J. Psychiatry 158: 2001, 1126–1133.
PINE, Daniel S.; FOX, Nathan A. Childhood antecedents and risk for adult mental disorders. Annual Review of Psychology, v. 66, p. 459-485, 2015.
RAMOS, Bruno Raffa. Diferenças entre descendentes de pais bipolares e descendentes de pais não bipolares em uma amostra de pacientes com transtorno bipolar pediátrico. 2019.
RIECHER-RÖSSLER, Anita; STUDERUS, Erich. Prediction of conversion to psychosis in individuals with an at-risk mental state: a brief update on recent developments. Current opinion in psychiatry, v. 30, n. 3, p. 209-219, 2017.
ROCHA, M. M.; TAFLA, T. L.; TEIXEIRA, M. C. T. V. Avaliacão de problemas de comportamento na idade pré-escolar. In: DIAS, N. M.; SEABRA, A. G. Neuropsicologia com pré-escolares: avaliação e intervenção. São Paulo: Pearson, 2018.
SAMPAIO, Camila Pedral. A clínica dos transtornos autísticos e psicóticos na adolescência e a perspectiva da inclusão ou da recomposição necessária do mundo. I Simpósio Internacional do Adolescente, maio, 2005.
SIGELMAN, Carol K.; RIDER, Elizabeth A. Life-span human development. Cengage Learning, 2014.
VISMARI, Luciana. Neuroanatomia dos transtornos de humor. Conscientiae Saúde, n. 3, p. 95-102, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
![Licença Creative Commons Attribution](/index.php/interfaces/manager/setup/<a%20rel="license"%20href="http:/creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/"><img%20alt="Licença%20Creative%20Commons"%20style="border-width:0"%20src="https:/i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/80x15.png"%20/></a><br%20/>O%20trabalho%20<span%20xmlns:dct="http:/purl.org/dc/terms/"%20property="dct:title">Revista%20Interfaces%20da%20Educação</span>%20está%20licenciado%20com%20uma%20Licença%20<a%20rel="license"%20href="http:/creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative%20Commons%20-%20Atribuição-NãoComercial%204.0%20Internacional</a>.){kind=link}
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.