UNIVERSIDADE BRASILEIRA E EPISTEMOLOGIAS DESCOLONIZADAS: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO COM UMA COMUNIDADE NO ESTADO DE GOIÁS, BRASIL
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https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4248Palavras-chave:
Descolonização, Epistemologia, QuilomboResumo
A Chapada dos Veadeiros, no estado de Goiás, um local de difícil acesso com serras, morros e encostas íngremes, foi abrigo para escravos que fugiam. Esses escravos e seus descendentes foram se estabelecendo pelas serras em volta dos rios, das encostas e dos vales, que chamavam de “vãos”. Assim foi se formando a comunidade Kalunga. Este artigo relata a experiência de um Encontro de Saberes entre 33 estudantes universitários de Pedagogia e a comunidade quilombola Kalunga do Vão do Moleque, em Goiás, em 2018. Com base em relatos e registros desse evento acadêmico, que combinou ensino, pesquisa e extensão, verificou-se um proveitoso diálogo entre os conhecimentos acadêmicos e os saberes quilombolas, abordando-se as dimensões étnico-racial, política, historiográfica, pedagógica e epistemológica. Saberes quilombolas, com suas ciências e cosmologias, são fundamentais para o ensino com diversidade epistemológica. O Encontro de Saberes pode promover a descolonização do modelo de conhecimento segmentado, fragmentado e eurocêntrico ainda predominante nas universidades brasileiras.
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