ANÁLISE BAKHTINIANA DAS NARRATIVAS SOBRE O PRECONCEITO VIVIDO POR PROFESSORES, ILHA SOLTEIRA, SP

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Autores

  • Léia Teixeira Lacerda Curso de Pedagogia e Programa de Pós-Graduação Stricto-sensu Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Campo Grande http://orcid.org/0000-0003-3752-0790
  • Eduardo Vasconcelos da Silva Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Ilha Solteira (FAISA/FACILUZ) https://orcid.org/0000-0002-8832-1081
  • Maria Leda Pinto Programa de Mestrado Profissional em Letras-PROFLETRAS, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS na Unidade Universitária de Campo Grande https://orcid.org/0000-0002-2826-7730

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4981

Palavras-chave:

Formação docente. Preconceito. Discriminação social. Identidade racial.

Resumo

Este artigo apresenta parte da pesquisa, “As faces e as máscaras do racismo: as vozes dos professores de Ilha Solteira, SP”, desenvolvida no Programa de Mestrado em Educação da Unidade Universitária de Paranaíba da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e visa analisar o funcionamento enunciativo das palavras com conotação preconceituosa, bem como a questão da cor e do cabelo como símbolos da identidade negra. As expressões associadas à cor preta, ou ao negro, estão geralmente relacionadas a um mau presságio ou a um desentendimento. No que se refere ao cabelo e ao racismo, temos os relatos de professoras que atuam na rede municipal no Ensino Fundamental e de um docente que leciona no Ensino Superior. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que elege as narrativas de vida como instrumentos para a autoformação docente. A análise fundamenta-se nos estudos bakhtinianos, considerando as formas de uso de palavras, ou seja, as manifestações de ódio racial veiculadas no cotidiano do sujeito, adotadas a fim de naturalizá-las. Para compor a discussão referente à construção da identidade negra, recorremos aos estudiosos da área de Educação, de Antropologia, entre outros, a fim de problematizar os enunciados que sustentam essa identidade e ressignificar os discursos. Os resultados evidenciam que esses enunciados, consciente e inconscientemente, desqualificam o negro, pois as expressões de cunho racista potencializam as tensões vividas no cotidiano. Portanto, vê-se que a dominação no período escravocrata e seus efeitos são nocivos ainda hoje e permeiam o imaginário e a conduta de algumas pessoas, “evidenciando” a naturalização das ideologias preconceituosas.

Biografia do Autor

Léia Teixeira Lacerda, Curso de Pedagogia e Programa de Pós-Graduação Stricto-sensu Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Campo Grande

Possui Graduação em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (1995), Mestrado em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (2003), Mestrado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2004) e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2009). Atuou na Coordenadoria dos Cursos Normal Superior e Normal Superior Indígena no período de 2002 a 2005 e no Curso de Pedagogia da Unidade Universitária de Campo Grande da UEMS, no período de 2009 a 2018. Atualmente é Coordenadora do Centro de Pesquisa, Ensino e Extensão Educação, Linguagem, Memória e Identidade/CELMI e professora adjunta da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul no Curso de Pedagogia e no Programa de Mestrado Profissional em Educação. É líder do Grupo de Pesquisa: Educação, Cultura e Diversidade, vinculado à Rede de Pesquisa Internacional para América Latina, Europa e Caribe/Rede ALEC. Vencedora do Prêmio Péter Murányi em 2009 na área de Educação, com o trabalho: Educação de Jovens e Adultos e Prevenção das DST/AIDS em Escolas Indígenas do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Ensino e da Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, gênero, educação sexual, história indígena, histórias de vida e educação escolar indígena.

Eduardo Vasconcelos da Silva, Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Ilha Solteira (FAISA/FACILUZ)

Graduado em Pedagogia pela Faculdade de Ilha Solteira-SP (FAISA -2007). Especialista em Psicopedagogia pela Faculdades Integradas Urubupungá de Pereira Barreto-SP (FIU-2008). Pós-graduação em Neuropedagogia pela Universidade de Jales-SP (UNIJALES -2010). Experiência na área de Educação, com ênfase aos Direitos da Criança e do Adolescente, atuando como palestrante em escolas, projetos sociais, faculdades e universidades. Políticas Educacionais pela UNESP de Ilha Solteira-SP - curso de graduação na área de matemática (2011). Mestre em Educação (2016) pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Foi Conselheiro Tutelar, trabalhou na Câmara Municipal e no Departamento de Assistência Social no município de Ilha Solteira. Atualmente sou professor no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Ilha Solteira (FAISA/FACILUZ).

Maria Leda Pinto, Programa de Mestrado Profissional em Letras-PROFLETRAS, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS na Unidade Universitária de Campo Grande

raduada em Letras pela Faculdade Dom de Aquino de Filosofia Ciências e Letras (1978), Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1994) e Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo - USP (2007). Atualmente é professora Señor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, onde atua na pós-graduação, na área de estudos do texto e do discurso. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa: Educação, Cultura e Diversidade certificado pelo CNPq Possui experiência na área de Letras e Educação, com ênfase em Língua Portuguesa, Linguística e Ensino de Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Linguística e ensino de Língua Portuguesa, cultura e construções identitárias do homem pantaneiro, diversidade cultural e meio ambiente. É docente do Programa de Pós-Graduação em Letras (2011) e do Programa de Mestrado Profissional em Letras-PROFLETRAS, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS na Unidade Universitária de Campo Grande, MS.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

Lacerda, L. T., Silva, E. V. da, & Pinto, M. L. (2020). ANÁLISE BAKHTINIANA DAS NARRATIVAS SOBRE O PRECONCEITO VIVIDO POR PROFESSORES, ILHA SOLTEIRA, SP. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(33), 29–51. https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4981