Relações entre discursos ao ensinar a ensinar
Visualizações: 339DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v12i35.5374Palavras-chave:
Formação de professores, Curso de Pedagogia, Ensino da didática, Interdisciplinaridade, IntradisciplinaridadeResumo
Este trabalho dedica-se à análise do ensino da elaboração do plano de aula, focalizando as relações entre discursos nas aulas de Didática. Pretende compreender o que subjaz as práticas pedagógicas na formação de professores, no curso de Pedagogia, por meio da análise do estabelecimento de relações entre discursos no ensino da referida área utilizando o conceito de classificação, de Basil Bernstein. A coleta de dados foi realizada em uma instituição universitária privada, na cidade de São Paulo. As informações foram coletadas por meio da observação de aulas e organizadas por meio de cenas. Seus resultados apontam mecanismos restritivos que caracterizam a fragilidade do estabelecimento de relações de discursos entre os conteúdos do ensino do componente curricular em questão bem como do tema plano de aula e conteúdos de outras disciplinas cursadas pelos discentes e/ou experiências vividas pelos alunos, o que ocasiona restrição na condição de ampliação da compreensão relacional na área da educação.
Palavras-chave: Formação de professores. Curso de Pedagogia. Ensino da Didática. Interdisciplinaridade. Intradisciplinaridade.
Referências
AFONSO, Margarida; MORAIS, Ana Maria; NEVES, Isabel. Contextos de formação de professores: Estudo de características sociológicas específicas. Revista de Educação, Lisboa, vol. XI, nº1, p. 129-146, jan-jul. 2002.
ANDRÉ, Marli. Em busca de uma Didática fundamental. In: Atas do 3º Seminário A Didática em Questão. São Paulo: USP, 1985. V. 1, p. 33-45.
APPLE, Michael. Vendo a educação de forma relacional: classe e cultura na sociologia do conhecimento escolar. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 19-33, jan/jun. 1986.
BERNSTEIN, Basil. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Tradução de Tomaz T. da Silva e Luís F. G. Pereira. Petrópolis: Vozes, 1996. Coleção Ciências Sociais da Educação.
______. Poder, educacion y consciência: sociología de la transmisión cultural. Trad: Martín Bruggendieck, Cristián Cox, Rosita Puga, Rafael Hernández y Marta Martín. Santiago: CIDE, 1988.
CARVALHO, Irene Mello. O processo didático. Rio de Janeiro: Ed. da Fundação Getúlio Vargas, 1979.
CASTELO, Maria de Fátima Gonçalves. A didática na reforma do ensino. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1974.
CASTRO, Amélia Domingues de. A trajetória histórica da Didática. Idéias, nº 11, p. 15-25. 1991.
______ et al. Didática da escola média. São Paulo: Editora Edibell, 1969.
CUNHA, Maria Isabel. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1992.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
FARIAS, Isabel Maria Sabino. et al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber Livro, 2011.
FRANCO, Maria Amélia Santoro; GUARNIERI, Maria Regina. Disciplina de Didática: um estudo exploratório a partir dos planos de ensino. Pesquiseduca, Santos, v. 3, n. 5, p.27-55, jan-jun. 2011. Disponível em: http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/view/151. Acesso em 20 de março de 2019.
GALLIAN, Claudia Valentina Assumpção. A contribuição da teoria de Bernstein para a descrição e a análise das questões ligadas à educação. Educativa, Goiânia, v.11, n.2, p. 239-255, jul./dez. 2008. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/educativa/article/view/884/622. Acesso em 20 de janeiro de 2019.
LONGAREZZI, Andréa Maturano; PUENTES, Roberto Valdes (Orgs.) Panorama da didática: ensino, prática e pesquisa. Campinas: Papirus, 2011.
MARIN, Alda Junqueira. O trabalho docente: núcleo de perspectiva globalizadora de estudos sobre ensino. In: ______ (coord.) Didática e trabalho docente. 2ª ed. Araraquara: Junqueira&Marin Editores, 2005. p. 30-56.
MARIN, Alda Junqueira; PENNA, Marieta Gouveia Oliveira; RODRIGUES, Ana Carolina Colacioppo. A Didática e a formação de professores. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v.12, n.35, p.51-77, jan/abril. 2012. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/4999/14045. Acesso em: 10 de dezembro de 2012.
MORAIS, Ana Maria. Socialização primária e prática pedagógica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989. v. 1.
MORAIS, Ana Maria; NEVES, Isabel Pestana. Textos e contextos educativos que promovem aprendizagem. Optimização de um modelo de prática pedagógica. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v.1, n.22, p. 5-28, jan./jul. 2009. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S087191872009000100002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 10 de janeiro de 2013.
OLIVEIRA, Maria Rita Neto Sales. A reconstrução da Didática: elementos teórico-metodológicos. 2ªed. Campinas: Papirus, 1993.
SANTOS, Ana Sofia Queiróz Friaças da Silva. Formação Inicial de Professores de Ciências: Estudos de Práticas Pedagógicas e de Aprendizagens. Mestrado em Educação: Universidade de Lisboa, 2010.
SANTOS, Lucíola Licínio de Castro Paixão. Bernstein e o campo educacional: relevância, influências e incompreensões. Cadernos de Pesquisa, n. 120, p. 15-49, Nov. 2003. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010015742003000300003&lng=e&nrm=iso. Acesso em 20 de junho de 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.