Princípios gerais para a reforma dos cursos de licenciatura no Brasil

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DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v12i34.5384

Palavras-chave:

formação de professores, licenciatura, reforma, princípios

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar e discutir princípios gerais para a reforma dos cursos de licenciatura no Brasil. Ao fazer isso, o texto cumpre duas missões: primeiro, registrar o trabalho de uma comissão instituída na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para apresentar propostas para o novo contexto de reformulação das licenciaturas na Universidade desencadeado pela aprovação da Resolução 2/2015 e, segundo, compartilhar o trabalho dessa comissão com um público mais amplo – para além daquele da comunidade interna da UFMG. Espera-se que o artigo contribua para repensar os modelos de formação de professores da educação básica em todo o território nacional – e, quiçá, fora dele.

Biografia do Autor

Júlio Emílio Diniz-Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais (PPGE/FaE/UFMG).

O Professor Júlio Emílio Diniz é Doutor (Ph.D.) em Educação (mais especificamente, em Sociologia do Currículo e da Formação de Professores) pela University of Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos (2004). É Professor em Dedicação Exclusiva (D.E.) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desde 1997. Nesse período, além de inúmeras representações acadêmicas, coordenou o Núcleo de Assessoramento à Pesquisa da Faculdade de Educação (NAPq/FaE/UFMG; 2013-2015; 2015-2017) e também assumiu a Coordenação Pedagógica do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID/FaE/UFMG; 2014-2017). Por duas vezes, foi membro do Comitê Assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRPq/UFMG) na Área de Ciências Humanas (2008-2010; 2018-2019) e, atualmente, é o seu Presidente. Professor Visitante nas seguintes universidades nos Estados Unidos: North Carolina State University (como Short Term Scholar em 2016), University of Wisconsin-Madison (como Short Term Scholar em 2005, 2006, 2008, 2012, 2013, 2014 e 2015) onde lecionou o curso Paulo Freire and Education for Social Justice, e na University of Washington-Seattle (como Visiting Associate Professor), onde desenvolveu sua pesquisa de pós-doutoramento (2011-2012) e também ministrou o referido curso (2011). Professor Visitante do Centro de Estudios Avanzados da Universidad de Playa Ancha (Chile) com bolsa da Comissión Nacional de Investigación Científica y Tecnológica (CONICYT). Membro do Consejo Asesor Científico do Centro de Investigación en Educación para la Justicia Social (CIEJUS) no Chile. Professor Colaborador da REAMEC - Rede Amazônica de Doutorados de Educação em Ciências e Matemática - Linha de Pesquisa: Formação de professores para a Educação em Ciências e Matemática. É membro-fundador de dois núcleos de pesquisa na UFMG: o Núcleo de Pesquisas sobre a Profissão Docente (PRODOC) e o Núcleo de Educação de Jovens e Adultos: Formação e Pesquisa (NEJA). No Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da UFMG foi Coordenador da Linha de Pesquisa DOCÊNCIA (2016-2018; 2018-2019), é o Coordenador do curso de Doutorado Latino Americano (DLA; 2019-atual) e responsável pelas disciplinas: Tendências da Pesquisa sobre Formação de Professores; e Profissão Docente na América Latina (esta última obrigatória para o DLA do PPGE/FaE/UFMG). Desenvolve e orienta pesquisas sobre as seguintes temáticas: políticas públicas, legislação e reformas curriculares na formação de professores; profissão, trabalho e identidade docente; aprendizagem da docência e construção de saberes docentes; a epistemologia da experiência na formação docente; pesquisas narrativas na formação de professores; pesquisa sobre e na formação docente; formação de educadores, diversidade cultural e movimentos de luta por justiça social. Diniz-Pereira tem 54 artigos publicados na área da formação de professores, em periódicos nacionais e estrangeiros. Autor de dois livros: Formação de professores: pesquisas, representações e poder (Belo Horizonte, Autêntica, 2000) e How the Dreamers are Born: Struggles for Social Justice and the Identity Construction of Activist Educators in Brazil (New York, Peter Lang, 2013). Além disso, tem capítulos de livros (quarenta e oito) e livros organizados no Brasil (oito), em Portugal (dois) e no Chile (um). Fez 268 apresentações ao longo de sua carreira (incluindo conferências de abertura e de encerramento de eventos científicos, aulas inaugurais, palestras, participações em mesas redondas e apresentações de trabalho no país e no exterior). Participa do GT8 (Formação de Professores) da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), desde 1993. Editor-chefe da Formação Docente - Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, periódico eletrônico do GT8 da ANPEd (http://formacaodocente.autenticaeditora.com.br) (2008-2011; 2011-2014). Finalmente, coordena a Coleção Docência da Editora Autêntica, de Belo Horizonte (http://www.autenticaeditora.com.br/autentica/colecoes/30).

 

Maria José Batista Flores, Universidade Federal de Minas Gerais (PPGE/FaE/UFMG).

Professora Adjunta-A da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutora em Educação pela FaE-UFMG (2014) no Programa de doutorado Latino Americano: políticas públicas e profissão docente. Mestre em Educação e graduada em Pedagogia (2006;2001) pela FaE-UFMG, especialista em Educação a Distância pelo SENAC-MG (2009). Atua como docente do Ensino Superior lecionando: Teorias e Práticas Pedagógicas, Didática do Ensino Superior, Didática na licenciatura, Metodologias de Ensino a Distância, Análise da Prática pedagógica. diretora de Inovação e Metodologia no Ensino (2018- atual) da PROGRAD/UFMG. Pesquisadora do GAME - Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Faculdade de Educação da UFMG e do LEPED-UFRJ Laboratório de Estudos e Pesquisas em Didática e Formação de Professores. Pesquisa sobre pedagogia e docência na educação básica e superior com interesse sobre: teorias pedagógicas, avaliação, processos de ensino aprendizagem, práticas pedagógicas, pedagogia universitária, desenvolvimento profissional docente e atuação de pedagogos(as) nas instituições de educação básica e superior.

Filipe Santos Fernandes, Universidade Federal de Minas Gerais (PPGE/FaE/UFMG).

Graduado em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2010) e doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2014), com estágio sanduíche na Universitat de Barcelona (Espanha). É professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde atua em cursos de licenciatura voltados à formação de professores que ensinam matemática e no Programa de Pós-graduação em Educação: conhecimento e inclusão social. Coordena, atualmente, o grupo de estudos inSURgir, assumindo uma opção decolonial em Educação Matemática. É membro do Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática (GHOEM) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo (NEPCampo). Recebeu, em 2015, o Prêmio Capes de Tese na área de Ensino pelo trabalho "A quinta história: composições da Educação Matemática como área de pesquisa". Realizou estágio pós-doutoral na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com período na University of Cape Town (África do Sul). Tem experiência na área de Educação Matemática, tendo interesse nas seguintes temáticas: decolonialidade; relações entre educação do campo e educação matemática; perspectivas socioculturais em educação matemática; e história da educação matemática no Brasil. 

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Publicado

18-06-2021

Como Citar

Diniz-Pereira, J. E., Flores, M. J. B., & Fernandes, F. S. (2021). Princípios gerais para a reforma dos cursos de licenciatura no Brasil. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 12(34), 589–614. https://doi.org/10.26514/inter.v12i34.5384