Ensino remoto emergencial (ERE) na educação pública baiana
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https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.5957Palavras-chave:
Educação, Ensino remoto, TIC, Políticas públicasResumo
A pandemia CoVID-19, trouxe nova configuração do trabalho docente, devido às orientações sanitárias, dentre elas o distanciamento físico. Assim, ocorreu de forma imediata (março 2020) o fechamento das escolas, como alternativa, uma vez que não havia ou há estimativa precisa sobre o retorno presencial, implanta-se o ensino remoto, no qual o uso das tecnologias digitais são as ferramentas centrais. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi investigar a percepção das docentes da educação básica do estado da Bahia, no que diz respeito ao uso das TIC no desenvolvimento e acompanhamento das atividades realizadas no contexto do ensino não presencial (ERE) ou ensino remoto. Para isso, o desenho metodológico da pesquisa se aproxima da perspectiva quantitativa e qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, com docentes da rede pública e privada do estado da Bahia. Utilizamos como instrumento para coleta das informações o questionário online SurveyMonkey. A amostra foi composta por 756 docentes. Os resultados apontam que as docentes buscaram para além do ERE, estratégias pedagógicas que respondessem a realidade educacional vigente. Entretanto, a ausência de equipamentos tecnológicos, conexão inexistente ou desqualificada à internet e, formação das docentes evidencia as desigualdades de acesso às tecnologias da informação e comunicação na Bahia.Referências
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