AS PERCEPÇÕES DE PROFESSORES SOBRE O SABER A ENSINAR MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS
Visualizações: 394DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v12i36.6619Palavras-chave:
Formação de professores dos anos iniciais, Saber a ensinar, Ensino de matemática.Resumo
Nesta pesquisa, abordamos os saberes profissionais de professores que ensinam matemática nos anos iniciais da educação básica. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo evidenciar os saberes a ensinar matemática nos anos iniciais produzidos por pedagogos ao relatar sua prática docente. Para isso, estivemos juntos a seis professores do município de Castanhal-PA que lecionavam nos anos iniciais no ano de 2020 e possuíam formação no curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Pará - Campus Universitário de Castanhal. Destacamos que por conta das medidas restritivas de combate à Covid-19, a aproximação com os professores ocorreu de forma online, utilizando duas plataformas virtuais que possibilitaram a realização de reuniões síncronas entre os pesquisadores e os professores investigados, para assim, viabilizar a produção de informações. Desta forma, para a produção de informações, de modo individual, realizamos entrevistas semiestruturadas, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas. A análise e interpretação das informações foram desenvolvidas a partir da perspectiva da metodologia de natureza qualitativa, utilizando-se da Análise Textual Discursiva (ATD). Indicando de modo geral que a construção dos saberes a ensinar matemática nos anos iniciais não são estabelecidos de maneira significativa na formação inicial para que seja possível o ingresso do professor em sala de aula. Nesse sentido, os professores compreendem que seria necessário uma abordagem mais próxima à prática do processo de ensino e aprendizagem de matemática. Por isso, os docentes indicam que os saberes a ensinar são distantes dos enfrentamentos encontrados no ambiente escolar e apresentam fragilidades em relação aos conteúdos matemáticos previstos para os anos iniciais.Referências
ALMEIDA, M.; LIMA, M. Formação inicial de professores e o curso de pedagogia: reflexões sobre a formação matemática. Revista ciência e educação. v.18, n.2, p.451-468, 2012.
BERTINI, L. MORAIS, R. VALENTE, W. A matemática a ensinar e a matemática para ensinar: novos estudos sobre a formação de professores. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2017.
CURI, E. A matemática e os professores dos anos iniciais. São Paulo: Musa Editora, 2005.
FIORENTINI, D.; SOUZA JÚNIOR, A. J.; MELO, G. F. A. Saberes docentes: um desafio para acadêmicos e práticos. In: GERALDI, C.M.G. et al. (Orgs.). Cartografias do trabalho docente: professor(a) pesquisador(a). Campinas: Mercado de Letras, 1998. p. 307-335.
GATTI B. A. Formação inicial de professores para a educação básica: pesquisas e políticas educacionais. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 25, n. 57, p. 24-54, 2014.
GATTI B. A.; BARRETTO E. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: Unesco, 2009.
GATTI, B. A.; BARRETTO, E. S.; ANDRÉ, M. E. D. A.; ALMEIDA, P. C. A. Professores do Brasil: novos cenários de formação – Brasília: UNESCO, 2019.
ILLERIS, Knud (org.). Teorias contemporâneas da aprendizagem. Tradução: Ronaldo Costa. Porto Alegre: Penso, 2013.
LÜDKE, M. O professor, seu saber e sua pesquisa. Educação & Sociedade, ano XXII, nº 74, p. 77-96, Abril, 2001.
MRECH, L. Psicanálise e educação: novos operadores de leitura. São Paulo: Pioneira, 2003.
MIETTO, Vera Lucia. A Importância da Neurociência na Educação. In: Neuroeducação e educação inclusiva. Porto Alegre, 2012.
MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 2° Reimpressão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.
MORAES, Roque. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Revista Ciência e Educação, v.9, n. 2, p. 191-211, 2003.
MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Ciência & Educação, Bauru, v. 12, n. 1, p. 117-128, abr. 2006.
PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. das G. C. Docência no ensino superior. São
Paulo: Cortez Editora, 2002.
PIZYBLSKI, L. M.; JUNIOR, G. S.; PINHEIRO, N. A. M. Relações entre o Ensino da Matemática e a Neurociência. In: I Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. Curitiba. Anais eletrônicos. ISBN: 978-85-7014-048-7, p. 1138-1153, 2009.
PONTE, J. P. Concepções dos Professores de Matemática e Processos de Formação. Educação matemática: Temas de investigação. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, p. 185-239, 1992.
PUENTES, R. V.; AQUINO, O. F.; NETO, A. Q. Profissionalização dos professores: conhecimentos, saberes e competências necessários à docência. Educar, Curitiba, n. 34, p. 169-184, 2009.
ROLDÃO, M. C. Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional. Revista Brasileira de Educação v. 12 n. 34, p. 94-103, jan./abr, 2007.
TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n° 13, p. 5-24, 2000.
__________. Saberes docentes e formação profissional. 6ª Reimpressão. Petrópolis, RJ:
Editora Vozes, 2014.
TARDIF, M. LESSARD, C. LAHAYE, L. Os professores face ao saber: esboço de uma problemática do saber docente. Teoria e Educação. Porto Alegre, n° 4, p. 215-233, 1991.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia. Belém, Pa. 2010. Disponível em:
http: //faed.ufpa.br/arquivos/Acad%C3%AAmico2/PPCPedagogia.pdf
YIN, Robert. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Tradução: Daniel Bueno. Reimpressão. Porto Alegre: Penso, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.